Voltou a não ter sucesso o desembarque inglês.
417 anos depois do desembarque original em Peniche, que deu origem a uma fracassada tentativa de repôr a soberania nacional então na mão de Filipe II de Espanha, a recriação dramática realizada na noite do passado sábado também não conseguiu os seus objectivos.
Várias razões contribuiram para que o espectáculo não tenha resultado. Logo à partida a zona destinada ao público apresentava um declive descendente, o que muito dificultava a visão da maior parte das cenas que decorriam sem qualquer palco ou palanque. Na cena inicial em que a acção decorria numa taberna no presente, eram várias as vozes que se ouviam em simultâneo, todas elas amplificadas e sem que se conseguisse seguir visualmente a acção, o que não permitia o acompanhamento da peça. Os vários registos de idiomas e pronúncias usados contribuiram para aumentar a confusão. Nesta cena, e noutras no mesmo espaço, optou-se por introduzir alguma comédia. Má escolha. Os textos eram pobres, as piadas básicas, e este enredo arrastou-se por tempo exagerado. O uso e abuso do falar à moda de Peniche foi aqui utilizado de modo exclusivamente caricatural, quando é e poderia ser muito mais que isso. A ideia subjacente a estas cenas era interessante, mas não foi de todo conseguida.
Na parte de dramatização referente às cenas históricas, a peça esteve bem, interessante até nalguns aspectos, como por exemplo no jogo de xadrez internacional entre as potências. Uma boa e elucidativa narração facilitava o enquadramento histórico. Mas ainda assim arrastou-se por tempo demais, principalmente depois da referida penosa cena inicial. Se a peça tivesse só esta parte teria resultado muito melhor, quer em duração, quer no objectivo a que se propunha, o de explicar a origem histórica da expressão "Amigos de Peniche".
Várias razões contribuiram para que o espectáculo não tenha resultado. Logo à partida a zona destinada ao público apresentava um declive descendente, o que muito dificultava a visão da maior parte das cenas que decorriam sem qualquer palco ou palanque. Na cena inicial em que a acção decorria numa taberna no presente, eram várias as vozes que se ouviam em simultâneo, todas elas amplificadas e sem que se conseguisse seguir visualmente a acção, o que não permitia o acompanhamento da peça. Os vários registos de idiomas e pronúncias usados contribuiram para aumentar a confusão. Nesta cena, e noutras no mesmo espaço, optou-se por introduzir alguma comédia. Má escolha. Os textos eram pobres, as piadas básicas, e este enredo arrastou-se por tempo exagerado. O uso e abuso do falar à moda de Peniche foi aqui utilizado de modo exclusivamente caricatural, quando é e poderia ser muito mais que isso. A ideia subjacente a estas cenas era interessante, mas não foi de todo conseguida.
Na parte de dramatização referente às cenas históricas, a peça esteve bem, interessante até nalguns aspectos, como por exemplo no jogo de xadrez internacional entre as potências. Uma boa e elucidativa narração facilitava o enquadramento histórico. Mas ainda assim arrastou-se por tempo demais, principalmente depois da referida penosa cena inicial. Se a peça tivesse só esta parte teria resultado muito melhor, quer em duração, quer no objectivo a que se propunha, o de explicar a origem histórica da expressão "Amigos de Peniche".