Ou SIM ou .....paninhos quentes.
Aflige-me a contagem de espingardas a que se assiste por todo o país entre os adeptos do Sim e do Não no referendo ao aborto e das eventuais consequências que uma dicotomia assim tão afinada poderá provocar num povo tão adepto de sopas, mas tão pouco dado a alterná-las com a afirmativa.
Admiro-me até que não tenha sido aprovado um modelo de referendo mais adaptado à prática de brandos costumes e incólumes infracções a que o país se tem acostumado, do tipo:
Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Sim.
Sim, mas só nos casos realizados em conceituadas clínicas de Espanha.
Sim, excepto quando tenha prescrito.
Sim, depois de esgotados todos os recursos para instâncias superiores.
Sim, desde que não haja providência cautelar que o impeça.
Sem problemas pá. Mas se a malta estiver a perder acrescenta-se uns
minutos de tempo extra com um penaltizinho.
Talvez. Vamos ver...Podem ler a minha opinião no meu próximo livro.
Não e deveria ser dada a possibilidade ao Alberto João de continuar
em funções mais algum tempo.
Não, só nos casos em que for apresentado pela grávida um atestado ético do médico
Não, excepto na freguesia de Valado de Frades.
Vade retro. Valha-nos Deus Nosso Senhor!
Não.
A rotura com este estado de bovinidade só pode passar por uma vitória rotunda do SIM, a qual com todo o meu fulgor desejo e almejo.
Eu voto SIM