Sermão aos Amigos de Peniche
O Padre António Vieira é, no ano de 1641, um prestigiado jesuíta, pregador popular no Brasil, missionário apaixonado e amado pelos índios da aldeia do Espírito Santo.
A 15 de Fevereiro de 1641 chega à Baía uma caravela que traz a espantosa notícia: a 1 de Dezembro do ano anterior a dinastia filipina fora apeada, D. João IV era o monarca de um Portugal restaurado. O então vice-rei do Brasil, D. Jorge de Mascarenhas, marquês de Montalvão, acolhe a informação com entusiasmo, adere ao novo rei, coloca a colónia sob a autoridade do Restaurador. Não sabe, ainda, o marquês que, em Portugal, dois dos seus filhos se posicionam contra D. João IV, passam para o lado espanhol, a sua própria mãe é aprisionada no Castelo de Arraiolos. Um outro filho do vice-rei está no Brasil, ao lado do pai. Conhecida a adesão em todo o território ao novo regime, o marquês decide enviar a Lisboa esse filho para garantir ao rei a fidelidade. A comitiva de D. Fernando Mascarenhas é constituída pelos dois jesuítas mais considerados: Simão de Vasconcelos e António Vieira.
(texto construído num descarado copy/paste daqui)
Uma tempestade obriga a caravela a afastar-se do Tejo e a aportar a Peniche. Quando a caravela, desconjuntada pelo temporal, arriba a Peniche, a população apenas sabe que nela viaja um filho do vice-rei. Tomando-o como conivente com os irmãos, espera-o uma assuada tremenda do povo de Peniche. Esteve prestes a ser ferido pela multidão colérica. Consegue, todavia, refugiar-se na Casa da Companhia. Só a autoridade do conde de Atouguia, comandante da praça e um dos conjurados de 1640, evita que D. Fernando e os dois jesuítas sejam linchados pela turba enfurecida.
Dois dias depois, António Vieira está em Lisboa.
(texto construído num descarado copy/paste daqui)