Amigos de Peniche: Rip Curl Pro Search amigo de Peniche?

terça-feira, outubro 20, 2009

Rip Curl Pro Search amigo de Peniche?

Gosto do conceito saudável, radical e selvagem associado ao fenómeno do surf e afins.
Gosto da filosofia ecológica sustentável que promove e divulga.

Gosto do mar e da proximidade da praia.
Gosto de Peniche e de ter de conter alguma vaidade perante a actual projecção da cidade.
E gostaria que o futuro de Peniche pudesse incluir esta aposta na onda.
Mas nem sempre podemos ter tudo o que gostamos.
Perante opção que causa comprovada discussão, eis aqui uma soberana oportunidade de se avaliar e divulgar todo o envolvimento económico deste evento, desde os imediatos e disponíveis custos directos até aos estimados e indirectos benefícios.
Só depois, poderei gostar sem restrições!

14 contributos:

At 20/10/09 14:54, pb disse...: Entretanto, lá fora:

http://espn.go.com/action/surfing/blog?post=4577199

http://blogs.surfingmagazine.com/event/greetings-from-the-rip-curl-pro/
At 20/10/09 15:27, Anónimo disse...: Não é grande a impressão que a terra deixa, pelo menos, a este surfista:

"Peniche is actually not very cool. Vaguely industrial and certainly small, it is spread over sand dunes dominating a spit. There are no geographic or architectural features setting it apart. Surf breaks on both sides of the spit. Tufts of beach grass sway in salty breezes that can be both warm and cool. Surf schools liberally dot the thoroughfares. I think it is called the wave capital of Portugal. There is no culture of note and I have yet to find a suitable restaurant. There is a large water slide near my hotel. Tanned Europeans are abundant. French as well as German, Dutch and Belgian. It is unfortunate but this is, after all, Europe"
At 20/10/09 15:49, José Miguel Nunes disse...: Não percebi como é que o anónimo das 15:27 descobriu que o autor do comentário que transcreve é surfista... não me parece que seja.
At 20/10/09 15:56, Anónimo disse...: Se não é surfista está ligado, pelo menos, ao meio.
At 20/10/09 16:26, José Miguel Nunes disse...: Não sei porquê. Porque diz que há escolas de surf e ondas de um lado e outro da península? Isso toda a gente sabe...
At 20/10/09 17:13, pb disse...: Não vejo nenhuma mentira no que diz o jornalista(?) surfista(?) blogger(?).
Quando se recebe uma legião de jornalistas e outros visitantes como esta, tem que se estar preparado para ouvir algumas verdades...
At 20/10/09 17:44, Anónimo disse...: Sejamos realistas. Para além da beleza do mar o que temos mais: odores naturais deslumbrantes; urbanismo cuidado; acampamento cigano; bairros sociais de todas as cores; fosso das muralhas; oferta cultural para entreter em tempo de chuva; centro comercial...
Ainda há um longo caminho a percorrer e muito trabalho a fazer para torrnar esta terra um apetecível local turístico.
At 20/10/09 18:28, Anónimo disse...: pelo ultimo comentário..é Americano ou Australiano!
Sente falta do McDonalds, olha pra uma Igreja e pensa que é um armazem, aprecia cervejas dum calibre duma Budweiser ou uma Fosters, etc...ao menos na terra dele tem de facto cultura, história e boa gastronomia!
Chama-se a isto dar perolas a porcos!
At 20/10/09 20:09, josé miguel nunes disse...: pois eu vejo algumas inverdades, primeiro nós temos cultura, segundo temos património, que pode não estar nas melhores condições, e aqui até posso concordar parcialmente com o que foi dito, mas temos por exemplo algumas igrejas dignas de ser visitadas. Relativamente aos restaurantes, se calhar só foi à av. Do mar, e aí até concordo, mas não nos esqueçamos por exemplo das estelas, do joel, do parque e da nau dos corvos, este último para os mais requintados. É verdade que ainda temos muito para fazer para sermos um destino turistico de qualidade, mas daí a não termos nada vai uma grande diferença. Para terminar, aquele comentário não é de todo de surfista como o anónimo quis fazer crer.
At 20/10/09 20:15, pb disse...: Peniche ainda está a anos-luz de ser uma pérola, caro anónimo das 18:28...
A oferta cultural é praticamente nula, o património arquitectónico foi destruído por décadas de selvajaria, a restauração pouco passa do básico, a oferta comercial é irrelevante.
Adoro Peniche, estou lá sempre que posso, mas felizmente não tenho palas que me impeçam de ver o óbvio.
At 21/10/09 07:20, Manuel Leonardo disse...: Ja nao existe os Corticais em Peniche vulgo Camaroa ?
Ladainha pelas almas que ja morreram..,
Salvem Peniche , Salvem o Hospital,
reparem a ETAR e Sereis Salvos
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada
At 21/10/09 10:33, pb disse...: Faltaria este link, JP?

http://economico.sapo.pt/noticias/a-economia-do-surf_72359.html
At 21/10/09 12:56, jp disse...: Obrigado pb.
O negrito e sublinhado do texto é mesmo meu, sem link, na sequência da soberana oportunidade para esclarecer a viabilidade financeira deste tipo de aposta para Peniche.
Já tinha conhecimento do interessante texto em questão, promissor mas que, só por si, não pode ser esclarecedor.
Já bem reconfortante foi ter tomado conhecimento nos respectivos comentários dum superior piscar de olho a este tipo de avaliação...
Esperemos pela posterior divulgação dos resultados obtidos.
At 21/10/09 16:06, Anónimo disse...: http://www.record.pt/noticia.aspx?id=d5488b82-94b7-4762-b48c-28480b8c8c5d&idCanal=d07434d2-a4e5-4522-997e-043c94d9eb67

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Origem da expressão Amigos de Peniche: A expressão regist[r]ada no Dicionário das Origens das Frases Feitas, de Orlando Neves, vem no plural, embora o uso tenha consagrado o singular, também, como vem abonado no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (que dá amigo de Peniche = amigo da onça, «falso amigo, amigo interesseiro, hipócrita, interesseiro»). Quanto à origem da expressão, transcreve-se de seguida o que refere Orlando Neves: «A "amigos" traiçoeiros, falsos ou hipócritas se costuma chamar “amigos de Peniche". Afinal, nem Peniche nem os seus naturais têm que ver com essa ideia de falsidade. Mariano Calado, no livro Peniche na História e na Lenda, esclarece completamente o caso: "Tendo D. Henrique morrido sem deixar descendência, surgiram, naturalmente, como pretendentes ao trono de Portugal, três netos de D. Manuel: Filipe II, rei de Espanha, D. Catarina de Bragança e D. António, Prior do Crato. Era ao primeiro aquele a quem a força dava mais direitos, demais coadjuvado pela perfídia que, ao tempo, grassava na corte portuguesa; e um exército espanhol, comandado pelo Duque de Alba, invadiu o Alentejo, tendo Filipe sido proclamado rei de Portugal. Não o reconheceu, todavia, D. António que, mercê de mil e uma habilidades diplomáticas, conseguiu que Isabel Tudor, rainha de Inglaterra, pusesse à sua disposição uma armada de cerca de 20 000 homens e 'cento e setenta navios grandes e pequenos' para, com ela, reivindicar os seus direitos; e, a 26 de Maio de 1589, os penichenses viram desembarcar, na sua praia do sul, parte dos soldados desse exército, comandados pelo general John Norris. Depois de uma leve escaramuça com a guarnição da Fortaleza – a que não faltaria, sem dúvida, a indiferença dos poucos portugueses às ordens do oficial castelhano D. Pedro de Gusmão, e que suporiam, talvez, que com a chegada dos bretões seria possível a expulsão do invasor filipino –, a praça foi tomada e o exército inglês caminhou sobre a capital, ao mesmo tempo que, sob o comando do almirante Francis Drake, a esquadra que o desembarcara em Peniche rumava a caminho de Cascais. Entretanto, entre o receio de uns e a alegria de outros, chegava a Lisboa a nova do desembarque de D. António, passando entre os seus partidários, a segredar-se, num anseio de esperança: 'Vêm aí os nossos amigos… Vêm aí os nossos amigos que desembarcaram em Peniche…' Mas o exército invasor, e sem que o Prior do Crato tivesse a força suficiente para o evitar, avançava na maior das indisciplinas, devastando e roubando as terras por onde passava – Atouguia, Lourinhã, Torres Vedras, Loures… –, até que, tendo chegado às portas da cidade, acampou nos altos do Monte Olivete onde, pouco depois, os canhões do castelo de S. Jorge, por ordem de D. Gabriel Niño, começaram a despejar metralha. Grande foi a surpresa de John Norris em face desse bombardeamento, pois D. António, para conseguir o indispensável auxílio do exército inglês, teria provavelmente garantido não haver necessidade de combater, visto que seria festivamente recebido em Portugal. E o acampamento foi mudado para a Boa Vista e Bairro Alto, de onde, após um breve recontro com os castelhanos, retirou de novo, desta vez para Esperança. Dentro das muralhas e durante todas estas manobras, a ansiedade patriótica dos 'antonistas' continuava, segredando a ocultas: 'Será hoje que chegam os nosso amigos?… Virão os nossos amigos de Peniche?…' D. António bem deve ter insistido e procurado dar novas garantias, mas aquele exército composto de mercenários não poderia sentir o patriotismo e a dor do infeliz e desorientado pretendente; e assim, dias depois e em face do desespero do Prior do Crato, refugiava-se ingloriamente em Cascais, na mesma esquadra que o trouxera de Inglaterra e desembarcara em Peniche. '– Porque não entram os nossos amigos?… Porque nos abandonam os nossos amigos de Peniche?…' E foram baldadas todas as ingénuas esperanças dos partidários de D. António, pois o auxílio que a este tinha sido oferecido teria, por certo, menos o interesse de participar generosamente na reconquista da independência de Portugal que humilhar o orgulho e poderio de Espanha através de um golpe de surpresa, aliás coadjuvado pela suposta fácil sublevação do povo português, cansado de extorsões e ignomínias. Por muito tempo ficou aberta no coração dos 'antonistas', como ferida dolorosa, a desilusão dos amigos desembarcados em Peniche, daqueles amigos que esperavam receber como libertadores e que afinal os tinham abandonado. Mas os homens desembarcados em Peniche, e que traíram as esperanças dos bons portugueses de então, não eram de cá e partiram como vieram, não ficaram em Portugal…"»

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