O darwinismo profissional
No que toca a despedimentos sempre hesitei grandemente entre a dita política de esquerda e a de direita.
Se por um lado uma desenfreada liberalização do vínculo laboral coloca na mão do patronato um trunfo que pode frequentemente descambar em prepotência e irresponsabilidade social, por outro, as excessivas medidas proteccionistas dão azo a abusivas acomodações improdutivas, que todos apontam e criticam, mas que, inconsequentemente, se eternizam.
Deste imbróglio sai-se com uma terceira via que daqui faculto ainda a tempo de ser repescada por uma qualquer força política em campanha.
Trata-se de algo a que chamarei validação pelos pares. Perante uma intenção de despedimento por parte da entidade patronal, tal seria liberalizado nos casos em que essa medida fosse validada por uma percentagem significativa dos colegas do trabalhador em causa.
Este processo permitiria travar os despedimentos que resultassem de mera imposição patronal e viabilizar os casos de trabalhadores que flagrantemente, e até descaradamente, se mantém improdutivos para total desagrado dos seus pares.
Estou certo que todos os que lêem este texto conhecem um desses irritantes casos que se anseia punir, mas que a cega lei vai defendendo.
Não sei se esta sugestão me coloca na esquerda ou na direita, mas sei que é mais justa qualquer dessas laterais alternativas e muito contribui para a evolução da espécie.
Se por um lado uma desenfreada liberalização do vínculo laboral coloca na mão do patronato um trunfo que pode frequentemente descambar em prepotência e irresponsabilidade social, por outro, as excessivas medidas proteccionistas dão azo a abusivas acomodações improdutivas, que todos apontam e criticam, mas que, inconsequentemente, se eternizam.
Deste imbróglio sai-se com uma terceira via que daqui faculto ainda a tempo de ser repescada por uma qualquer força política em campanha.
Trata-se de algo a que chamarei validação pelos pares. Perante uma intenção de despedimento por parte da entidade patronal, tal seria liberalizado nos casos em que essa medida fosse validada por uma percentagem significativa dos colegas do trabalhador em causa.
Este processo permitiria travar os despedimentos que resultassem de mera imposição patronal e viabilizar os casos de trabalhadores que flagrantemente, e até descaradamente, se mantém improdutivos para total desagrado dos seus pares.
Estou certo que todos os que lêem este texto conhecem um desses irritantes casos que se anseia punir, mas que a cega lei vai defendendo.
Não sei se esta sugestão me coloca na esquerda ou na direita, mas sei que é mais justa qualquer dessas laterais alternativas e muito contribui para a evolução da espécie.
Creio que essa medida nunca poderia ser muito rentável pois iria opor colegas contra colegas. Se estivessem outros interesses associados como a subida na carreira ou simplesmente inveja, poderiam todos votar a favor do despedimento, se fosse uma equipa mais próxima e com boas relações poderiam votar todos contra mesmo sendo o colega um incompetente.
Esta medida é do mesmo nível que as que puseram professores contra professores na avaliação e temo que a mesquinhice e os favores pessoais saíssem a ganhar.
Acho que a avaliação de desempenho deve sempre vir de cima para ser o mais isenta e racional possível.
e a validação era por mão no ar ou por voto secreto?
Darwin, segundo me recordo, estudou a evolução das espécies. Ou evoluímos ou somos eliminados, é justo.
No entanto, muitas vezes em prol do nosso próprio protagonismo, não sabemos delegar, não sabemos respeitar ou modificar o “manual de funções”, nós próprios não permitimos a evolução, somos a verdadeira selecção natural.
Posto isto, a culpa será só “desses irritantes”, será também nossa, será da entidade patronal ou morrerá mais uma vez solteira?
Vale a pena pensar nisto…