Caldeirada de Arte (VII)
Na doçura da manhã de domingo, mesmo com os pulmões internos, lá iniciei a temporada com um hat-trick em sepias officinalis.
Foi na Praia do Quebrado, sem bandeiras vermelhas, coimas ou nadadores-salvadores.
Que arrojo!....
Não há temores que me domem.
Foi na Praia do Quebrado, sem bandeiras vermelhas, coimas ou nadadores-salvadores.
Que arrojo!....
Não há temores que me domem.
POEMA DO HOMEM-RÃ
Sou feliz por ter nascido
no tempo dos homens-rãs
que descem ao mar perdido
na doçura das manhãs.
Mergulham, imponderáveis,
por entre as águas tranquilas,
enquanto singram, em filas,
peixinhos de cores amáveis.
Vão e vêm, serpenteiam,
em compassos de ballet.
Seus lentos gestos penteiam
madeixas que ninguém vê.
Com barbatanas calçadas
e pulmões a tiracolo,
roçam-se os homens no solo
sob um céu de águas paradas.
Sob o luminoso feixe
correm de um lado para outro,
montam no lombo de um peixe
como no dorso de um potro.
Onde as sereias de espuma?
Tritões escorrendo babugem?
E os monstros cor de ferrugem
rolando trovões na bruma?
Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu.
António Gedeão
Descobri este blog por acaso, e gostei bastante vou junta-lo à minha lista de blog's, poderá confirmar em:
http://peninsulapeniche.blogspot.com
e a caldeirada VIII ? para quando ?
Está na forja, sairá ainda hoje.
assim é que é !!!
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