sexta-feira, julho 28, 2006

Pause with a view...

Corrida da Praia Norte

É graças a um comentário que me farão no futuro, que eu pude voltar ao passado e corrigir a minha lacuna na ausência desta divulgação:
7ª Corrida e Caminhada da Praia Norte
Dia 30 de Julho pelas 9h30 na Praia da Gambôa aquecimento com aula de aeróbica e 10H30 Partida. Aparece e participa !!!
...pelos (incansáveis) Amigos de Peniche, do PAC.
Para me penitenciar pela falha, o Peniche Amigos Clube está agora linkado, passando a fazer parte da sua própria capicua.

quinta-feira, julho 27, 2006

Natureza viva com parelha piscatória

quarta-feira, julho 26, 2006

Pharol

Guizado & Dias oferecem-nos uma visão do farol do Cabo Carvoeiro, nos tempos em que não era necessário delimitar toda a área por imponente vedação metálica, numa das zonas mais belas da península penicheira.

terça-feira, julho 25, 2006

Só no fim deveremos ter juízo...

segunda-feira, julho 24, 2006

Corre Peniche, corre....

Decorreu em Peniche, entre as 18 horas de sábado e as 18 de domingo, a 2ª Festa de Atletismo - 24 horas a correr. A prova desenrolou-se num circuito urbano, onde em sistema de rotatividade por períodos de meia hora, se assegurou um ininterrupta participação de simpatizantes da modalidade. A iniciativa da prova esteve a cargo da Secção de Atletismo do Centro Social do Pessoal da Câmara Municipal de Peniche, que proporcionou uma organização empenhada.
Participei entre as 12 e as 12h30 de domingo, com o sol na vertical em plena canícula, tendo deixado a terceiros as fresquinhas e apetecíveis horas da madrugada.
Agradou-me sobremaneira o facto de não haver trânsito na primeira parte da prova. Apesar de se tratar duma rua pedonal, é a primeira vez que circulo tanto tempo na rua José Estevão sem qualquer circulação automóvel. Mérito a esta prova por isso. No resto do percurso, topo da rua José Estevão e rua Marquês de Pombal, pura e simplesmente o trânsito não foi cortado. A prova tornou-se assim numa gincana por entre a circulação automóvel, e a meia hora saudável esfumou-se em cada inspiração de dióxido de carbono.
Lavrei claro protesto junto da Organização (que contou com o apoio da Câmara Municipal de Peniche), onde me esclareceram que o "lobby" comercial e hoteleiro da zona não tinha permitido o fecho das ruas.
Lamento que uma iniciativa tão agradável não tenha tido um apoio de base que permitisse "de facto" a prática duma actividade saudável. Também não percebi porque é que nestas condições a prova não foi realizada noutro local.
Muito falta a Peniche correr, para se tornar numa cidade mais saudável, amiga do ambiente e detentora duma maior qualidade de vida, que passará decerto por um futuro cada vez mais pedonal. Corre Peniche, corre....

sexta-feira, julho 21, 2006

A conjectura do rafeiro

«há quem, por analfabetismo à mistura com exibicionismo, julgue que a «revolução» não está nas mentalidades, na cultura e nas mudanças correctas, mas sim num desleixo que pretende fingir querer igualizar, porém, erradamente, por baixo, pelo rafeiro».

Alberto João Jardim, Julho de 2006

Jardim Fraque

Comunicado:

No sentido de defender a dignidade deste blogue, a partir desta data só serão aceites participações por quem se apresentar convenientemente vestido.
Não serão permitidos comentários de quem se encontre vestido com ténis, t-shirts ou gangas.
Quem não cumprir esta exigência será expulso.
Esta regra não se aplica ao bloguista.

"Casal da Via"

Há estradas que nasceram com as povoações e delas fazem parte integrante. Há outras que por razões logísticas se fizeram passar por dentro de povoações pré-existentes. Em ambos os caso é legítimo que se salvaguarde a segurança dos peões, limitando a velocidade de circulação a 50 Km/h, quando não a menos.
Existe porém uma terceira situação, cada vez mais frequente, onde o lugar, casal ou aldeola nasce junto a estrada pré-existente. Quem constrói naquela zona, fá-lo consciente de que existe lá uma estrada, com trânsito a circular a 90 Km/h o que portanto deverá acarretar um risco adicional que deverá ser considerado.
Na prática não é isso que acontece. Ainda a primeira casa não está concluída e já na estrada aparece um tímido sinal limitador a 80 km/h. Na terceira moradia, podemos contar com inevitável dístico de 60. E algures entre o quinto e o sexto fogo, já a via é limitada a 50 Km/h em circular aviso. Por vezes os castrantes sinais levam mesmo a sua perfídia a valores como 40 ou 30Km/h. E lá aparecem também os sinaizinhos de começo e fim de um qualquer vaidoso "Casal da Via". Nada mais injusto. São milhares, centenas de milhares, ao longo dos anos milhões de automobilistas, que assim se vêem obrigados a travar, reduzir, controlar, evitar radar, acelerar, embraiar, engrenar e acelerar de novo, evitando bater no da frente e ser batido pelo de trás.
Tudo isto para que um qualquer dos 10 habitantes do "Casal da Via" possa no fim-de-semana atravessar em segurança a estrada, e cumprimentar o vizinho que não via há uma semana.

Hoje às 21h30, em Peniche, no "Seagull's Park Sports Stadium"


De onde são os amigos, de onde são?

quinta-feira, julho 20, 2006

Prémio de Consolação

Para que não se pense que estou sempre contra as decisões do INAG, concordo totalmente com esta medida.

As arribas também se abatem....

Não me conformo com a possível interdição da praia da Almagreira pelo INAG, na sequência do sobranceiro perigo de derrocada das arribas.
Há séculos que esta faixa de costa é usada pela população da zona e não só, para pesca, caminhadas, nudismo, contrabando, utilização balnear, fonte de água potável nas arribas e mais recentemente surf e suas variantes.
Tudo com o devido cuidado para com as zonas onde brechas gritantes na arriba nos anunciam queda iminente. Depois de Sir Isaac Newton ninguém poderá ignorar que aquelas fracturas berrantes poderão a todo o momento causar uma derrocada, e parte da arriba cair por Terra com uma força directamente proporcional às suas massas e ao inverso do quadrado da distância entre elas.
Nem todos os espanhóis têm de ser versados em Física. Mas ninguém me tira que a decisão do INAG tem por base a morte de dois turistas espanhóis na Almagreira, o ano passado, que ignorando todo o periclitante estado da arriba, a ela se encostaram.
Foi desleixo com infeliz desfecho. Como também é infeliz a solução de isso levar à interrupção do uso secular duma faixa de costa por quem sempre o fez, respeitando e evitando os evidentes perigos. Que se use e abuse da sinalética avisadora, mas a praia como está, sem qualquer infraestrutura de apoio balnear, e como zona de costa quase virgem, deverá permanecer acessível.
Quando um dia for à apanha de percebes na costa galega, será que posso esperar que qualquer acidente que me incorra, levará a interdição daquela actividade?

quarta-feira, julho 19, 2006

Pau de Cabinda

Com a paz agendada, Angola já não tem que se pôr a pau com Cabinda.

2006, Odisseia na Praia

Troféu "Amigos de Peniche"

Este blogue tem dado pouca atenção ao Futebol. Pode até tê-lo menosprezado, quiçá injustamente. Cabe-nos assim um grande esforço de remissão.
Assumimos por isso publicitar um famoso e empolgante Derby entre duas vibrantes e conceituadas equipas, de extensos palmarés, que decerto arrastarão as suas agitadas e motivadas hostes de adeptos e nos proporcionarão um excelente espectáculo desportivo.
É já no sexta em Peniche, no Seagull's Park Sports Stadium, às 20h30m, o imperdível:

MUNÍCIPIO DE PENICHE vs A.A.C.DOMINGUINHOS

Parece que depois jogarão também uns coxos para continuar a festa.

terça-feira, julho 18, 2006

Message in a bottle

A garrafa simboliza o troço do IP6 entre a A8 e Peniche.
Lá está o primeiro troço de 4 faixas, aberto recentemente e que importou em cerca de 30 milhões de euros. No seu seguimento o troço mais antigo de 2 faixas. É este gargalo que condiciona toda a circulação desta via e que dá origem, como já acontece nos fins-de-semana, a que nesta zona o trânsito circule num enervante pára arranca, num itinerário principal, com todos os perigos daí inerentes.
Há um erro aqui que importa corrigir quanto antes.
Até lá este troço do IP6 só merece mesmo uma estrela.

segunda-feira, julho 17, 2006

Renda de Bilros

Começa hoje a 4ª Semana da Renda de Bilros de Peniche.
Trata-se dum artesanato que ao longo dos tempos teve os seus altos e baixos, mas que sempre soube manter o "pique".

A Oeste o Paraíso.

Estamos no mês de Julho deste ano. Todo o Portugal foi invadido por uma onda de calor tropical. Todo? Não! Uma cidade habitada por irredutíveis penicheiros resiste ainda e sempre à canícula.
E a vida não é fácil nas ruas ensolaradas de Olisipo, Scalabis, Collipo e Eburobrittium.

Octupus Octupus

Foi no sábado, a cerca de 100 m da Ilha do Pessegueiro e a 3 metros de profundidade que me lembrei de si Commissario Corrado Cattani.
Não percebi bem qual foi o desfecho final no seu caso, mas eu saí vitorioso.
E tão saboroso que era o meu Polvo.
No domingo repeti a façanha, mas deixei o cefalópode aos meus secretos companheiros.
Vejam lá não divulguem, ninguém tem de saber que Octupus Dei.

sexta-feira, julho 14, 2006

Ad saeculum saeculorum

Paira um silêncio tumular na investigação sobre D. Afonso Henriques.

quinta-feira, julho 13, 2006

Investir em segurança

Zidane é um imbecil!
Ups........
Na origem deste insulto está um gesto muito duro.
Peço desculpa pelo insulto, em especial às crianças, mas não tenho remorsos pelo que disse.
Não posso estar arrependido do que disse. Isto significaria que ele tinha razão no que fez. Não posso dizer que estou arrependido. E não, ele não tinha razão para fazer aquilo.
Peço desculpa às duas ou três crianças que leram este insulto. O que escrevi não tem perdão. Peço desculpa às crianças, bem como às pessoas, pais e educadores, que lhes mostram o que devem e o que não devem escrever.


"Em entrevista ao Canal+, Zizou revelou que na origem da agressão estiveram repetidos insultos com "palavras muito duras". Zidane pediu desculpa pelo gesto, em especial às crianças, mas não mostrou remorsos pelo acto "Não posso estar arrependido do meu gesto. Isso significaria que ele tinha razão no que disse. Não posso dizer que estou arrependido. E não, ele não tinha razão para dizer aquilo.""Peço desculpa aos milhões de crianças que viram a agressão. O meu gesto não tem perdão. Peço desculpa às crianças, bem como às pessoas, pais e educadores, que lhes mostram o que devem e o que não devem fazer", disse."

Alguém me lembrou que os deuses devem estar loucos....

O último link

Tem dias que me apetece deambular sem destino, sem rumo, como se diz por aqui "à rola".
Faço-o muitas vezes nas recortadas falésias penicheiras circundado por paisagem deslumbrante.
Também o faço ao volante do meu carro, deixando que em cada cruzamento, em cada placa, o meu inconsciente decida o caminho a tomar.
Com mais frequência o faço na Internet, saltitando de link em link, empanturrando-me de mil e um assuntos, só pelo gozo do conhecimento vadio.
Foi num desses momentos que hoje fui ter aqui: http://homepage.oninet.pt/684mcn/final/

quarta-feira, julho 12, 2006

Almagreira, arribas em foco.

INAGuração de praia interditada.
















Foto de Jorge Rosa

Peniche, porto de revés?

terça-feira, julho 11, 2006

Levar as costas a peito

Nalguns casos, pouco se pode fazer. No caso concreto da Almagreira, concelho de Peniche, a estrutura erosiva da longa falésia associada às inúmeras nascentes de água costeiras, impossibilitam qualquer actuação de custo comportável e que não interfira com a paisagem. Resta alertar para o evidente, e colocar a respectiva sinalética numa praia afastada de qualquer povoação, e que nunca teve qualquer estrutura balnear ou não balnear de apoio. É apenas por ter areia que recebe todo este protagonismo, caso contrário seria mais um pedaço da vasta costa portuguesa em erosão. Não era necessário tão grande enxurrada mediática, nem tantos protagonistas, para que num empurra-empurra orçamental todos nos virem dizer que lá vão colocar os sinaizinhos da praxe, gesto único a que se resumo na prática a tão propalada avalanche de interdição de praias.
Felizmente que no caso da Almagreira, como em muitos outros, nem todos acreditam no risco de queda...
Foto de Jorge Rosa

Ilusão de ópticas

Aproxima-se o Verão e meio país se prepara para rumar ao Algarve numa ânsia desenfreada à procura das férias ideiais.
Muitas vezes o que pretendem está mesmo aqui ao lado.

O prestígio afinal tem preço

Festa terminada, começam a chegar as facturas.

segunda-feira, julho 10, 2006

Enlaces de Valência

A liberdade é obrigatória, a família facultativa e a igreja dispensável.
Não aceito que a última nos prive da primeira, para nos impor o seu conceito da segunda.
Para mim a família pode ter outras Valências...



A Sagrada Família com Santos
(c. 1560)
Giovanni Francesco Bezzi - Nosadella
Óleo s/ tela
J. Paul Getty Museum
Los Angeles

Este fim-de-semana grelhei o recalcamento


Sigamos o cherne, minha Amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne,
antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

Alexandre O'Neill (in No Reino da Dinamarca)

Blogomancia

Traçar os perfis de bloguers e comentadores, identificados ou anónimos, não é tarefa fácil.
A Cereja_no_Bolo fez a sua primeira incursão, e quiça a fundação, daquilo a que pudemos baptizar de Blogomancia.
E com todo o acerto, há que reconhecê-lo!

sexta-feira, julho 07, 2006

Hoje, às 21:07, há pôr do Sol em Peniche.

Foto de Pedro Ferreira

Avenida Paulo VI

O Papa Paulo VI, nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini foi Papa da Igreja Católica Romana de 1963 até à data da sua morte em 1978.
Chefiou a Igreja Católica durante a maior parte do Concílio Vaticano II e foi decisivo na colocação em prática das suas decisões.
Peniche foi das primeiras terras a consagrar a sua memória na toponímia das artérias da cidade, ainda durante a vigência do seu papado.
Por ironia do destino, quem tão rapidamente colocou em prática decisões tão difíceis, vê-se homenageado numa avenida que após quase 40 anos, ainda vai aqui....

Às voltas com o túmulo....

Ainda não é desta que este traumatizado povo saberá se o fundador da sua nacionalidade tinha estatura suficiente para ser um matricida, ainda que na forma tentada.
A atitude da IPPAR, ao desautorizar uma sua direcção regional, configura mais uma situação de demência do serviço público.
Isto claro, são pareceres dos meus dedos a teclar, nada impede que daqui a umas horas o meu cérebro venha impôr uma posição totalmente contrária.

quinta-feira, julho 06, 2006

Amigos de Peniche na Alemanha

Parece que não está muito calórica a sardinha este ano em Peniche.

Volte-féretro

Afinal não ficaremos a saber se D. Afonso Henriques tinha arcaboiço para sovar a progenitora.
Quando se quer investigar crimes em Portugal, o resultado é este...

Investigação em curso em Coimbra


Finalmente vai-se saber se este homem tinha estatura suficiente..... para bater na mãe.

Sfumato









Caravaggio
"The Death of the Virgin"

Musée du Louvre, Paris







Não restam dúvidas!
A morte da Nossa Senhora de Caravaggio reside em França.

quarta-feira, julho 05, 2006

Amuleto agnóstico





Michelangelo Merisi
"Amor Victorious"
1602-03 Oil on canvas
156 x 113 cm
Staatliche Museen, Berlin




Falta dizer que o autor deste amor vitorioso, capaz de nos levar a Berlim, é mais conhecido por Caravaggio.

Peixe-galo

O feiíssimo peixe da imagem é conhecido pelo nome de peixe-galo. Em Peniche preferem chamar-lhe de alfaquique, fritá-lo e juntar-lhe uma açorda de ovas do mesmo, ou mais frequentemente de pescada ou maruca.
Não sei porquê, mas hoje deu-me uma vontade imensa de o degustar, ao jantar, com um cervejinha bávara para criar ambiente....

Suave despertar

Hoje pela manhã ocorreu nova operação policial de grande dimensão no acampamento cigano no centro da cidade de Peniche.
Mais de duas dezenas de polícias do Corpo de Intervenção conjuntamente com a PSP local, cercaram o acampamento e cortaram as ruas circundantes.
Enquanto o trânsito era desviado provocando algum transtorno na população, os polícias empunhando armas automáticas, esperaram pacientemente e em completo silêncio que os moradores do acampamento acordassem, desde pouco depois das 7 até cerca das 9 horas.
Não fossem eles acordar mal dispostos....

E vão 100!

Para os atentos, pertinentes e pacientes leitores do "Amigos de Peniche" cá vai, servida com especial carinho, a nossa centésima "posta".

segunda-feira, julho 03, 2006

Querubins

Guardo na boca a ternura dos teus lábios, quando ontem de deixei.
Sinto no corpo o frémito do amor, quanto ontem te beijei.

Guardo o aroma leitoso do teu seio, e ontem o teu ventre sabia a mel,
Sinto o calor estonteante, o odor envolvente e sensual da tua pele.

Recordo o carinho e a meiguice do teu corpo a tocar no meu,
E de como eu, que não creio em Deus, ontem até acreditei no céu.

Recordo o teu sorriso, a tua alegria, e o modo vibrante como tu te ris,
O teu jeito cativante e divertido, e de como ontem isso me fez feliz.

Lembro na magia de ontem, o nosso idílio, toda a nossa aventura,
Parece que me elevo e sinto o roçagar das asas da nossa candura.

Hoje acordei e choquei com os meus enganos,
Ontem foi há mais de vinte anos!














Joviano Perene

Afinar mudanças.....

Eu sei que não dou muita bola à mesma.
Mas ainda assim lá saí no sábado rumo ao centro da cidade, também contagiado pela tangente vitória. Para chegar mais rápido fui de bicicleta.
O centro começava a lotar. De todos os lados chegavam gentes eufóricas, ufanas, excitadas.
O rio de viaturas era ainda maior, de todas as ruas, travessas, garagens, becos, saíam carros, carrinhas, camionetas, todos devidamente engalanados.
Chegado ao centro, pedalei até ao meio do largo principal onde pensei estar o centro da animação e festejo.
Engano meu. Estavam todos de costas, voltados para a estrada que corta o largo. E a festa fazia-se dentro dos carros, com o eco dos que cá fora os viam passar. Na parte central do largo pouca gente havia. E a fila por lá ficou entupida por um par de horas, com os mirones bamboleantes a aplaudir tão rodado e lento desfile.
A cultura do automóvel está de tal modo impregnada na nossa sociedade que até para dar largas ao nosso contentamento, muitos se ficam pelo buzinar, guinar, acelerar e travar.
O Homo automobilis no seu apogeu.