Fialho, para memória futura
Durante muitos anos habituámo-nos a ver a entrada de Peniche ladeada de dunas, por um lado, e por dois renques de baixas, modestas e cuidadas casinhas brancas, por outro.
O bairro operário do Fialho foi a pouco e pouco sendo esquartejado pelo inevitável progresso.
O troço final, que ainda resta, está neste preciso momento a ser demolido, levando com ele a parte real de muitas imagens que povoam a nossa memória.
O bairro operário do Fialho foi a pouco e pouco sendo esquartejado pelo inevitável progresso.
O troço final, que ainda resta, está neste preciso momento a ser demolido, levando com ele a parte real de muitas imagens que povoam a nossa memória.
Mas não há maço que destrua aqueles momentos em que, após o banho de mar, subíamos ao topo das dunas e deitados de costas na areia escaldante, braços abertos, com a pele negra do sol matizada de crostas salinas, descansávamos das inesgotáveis brincadeiras de infância, no meio de gritos de gaivotas e cheiro a iodo e maresia.
Éramos reis e senhores dum império de fronteiras paralelas que iam do ondulado risco azul do mar, por um lado, ao habitual e contínuo fio branco de homogéneas casinhas, por outro.
Depois...depois o mundo alargou...
Ai JP, e depois o mundo mudou, as dunas desapareceram, o bairro idem.
Obrigado amigo, obrigado por possibilitares esta viagem às nossas memórias passadas, tudo isso em prol de uma memória futura.
Abraço e cumprimentos
A. Sales
Ai JP, e depois o mundo mudou, as dunas desapareceram, o bairro idem.
Obrigado amigo, obrigado por possibilitares esta viagem às nossas memórias passadas, tudo isso em prol de uma memória futura.
Abraço e cumprimentos
A. Sales