Reparo transversal II
Já por aqui se tinha comentado, em participações que aproveito para agradecer:
- "...Espero bem que a feira mude de lugar e não pensem em alterar o projecto do arranjo urbanístico daquele belo espaço para ai incluir o recinto da feira que em nada dignifica a entrada da cidade e jamais seria compatível com a qualidade do arranjo que o espaço em causa requer e exige..."
- "...Alguém já fez uma análise custo/benefício da feira ou pôs a hipótese de pura e simplesmente acabar com ela?
Para além do mais existe feira todos os dias à porta do mercado municipal...."
- "...Antes da localização actual da feira, falou-se em instalá-la nos terrenos próximos das piscinas municipais...."
- "...Quanto á localização futura da Feira, deixo a sugestão - o campo ocupado pela comunidade cigana no centro de Peniche parece-me um excelente local. .."
- "...Quanto ao campo da torre não consigo compreender como é possível que as autoridades locais não tenham autoridade. Aquilo já é uma confusão de todo o tamanho. O que dirá o projectista daquilo?..."
- "...perdeu-se uma imensa oportunidade de fazer algo extraordinário em frente ao forte..."
Mas julgo haver ainda muito a dizer.
Desde logo, e como foi sugerido, carece de saber quais os reais benefícios para a cidade da impune catedral de contrafacção, de periodicidade mensal, que se tenta por todos os meios preservar?
E como é que se tal se conjuga com a imagem de cidade moderna que Peniche pretende promover?
E o Campo da Torre permanecerá estático, qual monumento à oportunidade perdida?
E os 4 dias da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem vão continuar a ser quase 3 semanas de chinfrineira de pistas e carrosséis pela noite dentro, para agrado dos forasteiros e desespero dos locais?
As respostas a estas e outras questões estão cada vez mais separadas por apenas um Fosso!
Acabadinho de chegar de 2 semanas 2 de férias em Peniche, e posto perante este debate, apenas espero que Peniche não deixe passar ao largo esta oportunidade de se valorizar e embelezar. Não posso deixar de referir o que me disse um jovem casal alemão que conheci na praia: "estamos aqui (no Baleal) há 2 semanas e só fomos a Peniche uma vez: é muito feio". A valorização da muralha e do fosso (desconheço por completo o projecto) pode ser uma excelente oportunidade para uma operação de "make up" e assim disfarçar o aborto arquitectónico em que a cidade se tornou.
Reparei num comentário que alguém fez acerca da cerca de madeira do Baleal, da qual já aqui foram mostradas fotos: lá está, inacabada há quase 4 anos. E nas partes acabadas usa 3 ou 4 vezes mais madeira que a necessária à função (veja-se o exemplo da cerca que vai para a Consolação).
Mas nem tudo é mau: a cancela com vigilante posta pela CMP ajudou a disciplinar o transito (creio que a população tb já percebeu as vantagens de não entrar com o automóvel na "ilha") e a diminuir o estacionamento caótico de anos anteriores. Pena que nada (nem a polícia) impeça muitos condutores de circular em contra-mão, ignorando os sinais, para encontrarem lugar para estacionar.
Abraços
Quanto à Feira...honestamente não sei quais as suas vantagens... Não acredito que beneficie o comércio local e dá uma péssima imagem da cidade (não sei se há assim tantos forasteiros "deleitados").
ainda quanto ao Baleal - é caotico o transito, o estacionamento. Sería importante e urgente a implementação de algo parecido com o que existe no Bairro Alto em Lisboa - só deveriam entrar residentes e os comerciantes. NINGUEM deveria aceder ao Baleal de carro. tenho dito !
Já agora...porque não fazer da Ilha do Baleal um Condomínio?? Por favor, tenhamos atenção com certas propostas. O facto de as pessoas levarem o carro para ilha apenas é resultado da falta de responsabilidade cívica. Poderemos optar por outros sistemas...
Estacionamente a pagar no baleal e de borla para os residentes, pelo menos nos 3 meses de verao e vao ver que as barriguinhas vao ser reduzidas, andar faz bem, eu quando la vou no verao deixe o carro no parque e vou a pé é por isso que sou muito elegante e pareço mais novo.
Depois dizem que sofrem disto e daquilo, camada de sornas, se fosse possivel havia muita gente que punham o carro na areia e de preferencia a borda d'agua para nao se cansarem.
Óbidos é um condomínio? O Portinho da Arrábida é um condomínio? Alfama é um condomínio? Enquanto Peniche continuar com essa mentalidade medieval não passará do antro fedorento que é hoje.
Peniche ta como os USA que é o pais dos advogados, quando se tem uma ideia boa ou quere-se fazer algo de interessante vem sempre uma cambada de saloios medievais como disse ou precedente que travam tudo e mais alguma coisa, é o reino do individualismo e do egoismo, é lamentavel de ver a ilha do baleal no verao cheia de carros e saloios barrigudos, numa zona que podia ser uma referencia em termos de beleza e elegancia, mas nao viva a ignorancia e a cultura bimba,com as geladeiras e marendas cheias de gordura sobretudo intelectual.
FASCISTAS!!! O BALEAL È NOSSO!!!
Se o baleal é nosso ha que o respeitar, é uma ilha tal como as berlengas, a diferença é que sao 8 ou 80 numa nao se pode fazer nada é so pra merda das gaivotas e na outra é um exagero, finalmente até penso que os carros deviam la ir para o indespensavel, levar invalidos idosos etc depois trazer-los para um parque.
Mais uma vez abaixo os salois barrigudos, e viva os fachistas elegantes que protegem o nosso pais dos ignorantes.
Agradeço a todos a aguerrida participação.
De facto o acesso ao Baleal justifica que se volte a este tema mais tarde, em post dedicado.
É de facto clamoroso que ainda se não tenha vedado o acesso automóvel à ilha, embora tal se enquadre no Fracasso Pedonal Penicheiro que tanto tem por aí vingado. Não me restam quaisquer dúvidas de que o Baleal mais ou tarde ou mais cedo será pedonal, resta saber quando...
O momento em que tal ocorrerá será para mim uma bitola do nosso desenvolvimento.
Apenas uma ressalva para a dificuldade de disciplinar as necessárias excepções entre residentes, hotelaria, emergências, etc...
Era neste ponto que deveria estar a discussão e não na evidente necessidade de vedar o acesso.
Soluções podem haver muitas. Todos de acordo é que duvido que alguma vez estejam.
Há casos que justificam a excepção: cargas e descargas de mercadorias, emergências, pessoas com necessidades especiais de mobilidade e pescadores que aí exercem a sua actividade (desde que devidamente regularizados, e aqui é que reside uma das grandes forças de resistência a qualquer limitação ao trãnsito automóvel).
Para todos os outros, pode por exemplo aplicar-se a solução encontrada na Arrábida, em que uma carrinha faz tranfers permanentes de pessoas e bagagens. Isto aplicar-se-ia a residentes, habitantes, hóspedes das residenciais e todos aqueles que não gostam ou não podem andar a pé. Bastaria uma carrinha de 9 lugares, um motorista e uma paragem no "continente" e outra na "ilha". Um parque, ou parte de um parque de estacionamento no lado "continental", exclusivo para habitantes e residentes poderia complementar esta solução. Solução essa que pode até ser sazonal, de Junho a Setembro.
Enfim, é apenas uma opinião/solução....há-de haver por aí muitas mais e provavelmente melhores. Consensuais é que duvido muito.
abraços