O desaparecido porto do tesouro dos Templários
A 13 de Outubro de 1307, Felipe - o Belo desencadeou uma acção para prender os Templários em França.
Muitos dos que escaparam às detenções refugiaram-se em Portugal, sendo a Ordem de Cristo considerada por muitos historiadores como o único ressurgimento da Ordem do Templo.
Na fuga, a frota dos templários partiu do porto francês de La Rochelle trazendo consigo o seu célebre e precioso tesouro.
O desembarque em Portugal fez-se num bastião portuário perto de Óbidos, hoje desaparecido, mandado erigir por Gualdim Pais.
O desembarque em Portugal fez-se num bastião portuário perto de Óbidos, hoje desaparecido, mandado erigir por Gualdim Pais.
O local (que justifica esta esotérica nota) aparece designado em várias fontes como "Porto de Serra d’El Rey".
Mais info:
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Mais do que as interpretações recentes, gostava de conhecer as fontes originais em que os autores se baseiam para referirem o porto de Serra D´El-Rei.
Não só porque antes do séc. XV a Serra D´El-Rei tinha a designação de Serra da Pescaria ou Serra a par d´Atouguia mas também porque não é conhecida qualquer referência histórica à existência em Peniche de um porto mais interior do que o de Atouguia da Baleia. Ficam as dúvidas..
Para o esclarecimento de anónimas dúvidas....
Os links fornecidos foi o melhor que consegui encontrar na Net sobre este tema.
Tomei conhecimento da referência a este local pela leitura do livro de Domingos Amaral, Os Cavaleiros de São João Baptista (Casa das Letras). No final da obra é indicada a bibliografia usada referente ao tema dos Templários:
Michel Lamy, Os Templários, (Editorial Notícias);
Paulo Alexandre Loução, Os Templários na Formação de Portugal, (Ésquilo);
LYnn Pickett e Clive Prince, O Segredo dos Templários, (Europa-América).
Pode ser que por aí se consiga ir mais fundo na averiguação desta temática.
Se tal acontecer não se esqueça de partilhar connosco.
Grato pela pertinente participação.
Olá,também pesquiso sobre o porto secreto e sempre pensei que devia estar situado perto da serra na zona da Serra. As razões que me levaram a esta demanda foi ter visto este doc. em 2006.
http://www.youtube.com/watch?v=C4oDgW-xftk
Estou a ler as fontes recomendadas e acho que cada vez mais sentido. Entretanto existem ligações misteriosas que ligam os templários a Peniche uma delas é o facto de que no lago da cascata da quinta da regaleira estão pedras do cabo carvoeiro que foram propositadamente lá colocadas...
Caro MBP,
Agradeço o seu comentário e participação.
Não se esqueça de continuar a partilhar connosco os resultados das suas pesquisas (se tiver êxito, também poderá fazê-lo com o tesouro...).
Cordialmente,
jp
Caro jp o tesouro que procuro, não se encontra fora de mim... contudo considero que a aplicação do conhecimento que temos do mundo contribui para o alcançar esse tesouro... e foi por isso que hoje fui dar uma volta pelo Moledo... tive a "sorte" de ter como guia um Sr. com 73 anos nascido e criado ali... e que entre outras coisas me levou a conhecer o lugar onde estava o palácio de D. Inês agora (uma várzea), que foi por sua vez erigido nos escombros de um palácio romano, que por sua vez tinha sido construído sobre a ruína de um palácio... fenício. Neste local foi encontrada uma pedra que foi classificada como base de uma estátua e que continha inscrições (que segundo a net) para uns é desconhecida para outros é fenícia... entretanto logo abaixo do moledo existe uma pequena aldeia chamada... de... ribeira do porto... quem tiver olhos que veja... ouvidos, que ouça... por onde andava o mar o bater...
Na verdade e em resposta ao comentário anterior, o nome do baldio que segue a ribeira de São Domingos, que passa nos limites de Moledo a norte, chama-se Porto da Ribeira. Dizem os mais antigos que ali existia um porto e que o mar banhava o que é agora uma pedreira. No mesmo local onde supostamente existiu um paço real, outrora segundo um autor amador (Cipriano) foi um local habitado por fenícios. Um entreposto? Depois um palácio romano e mais tarde a habitação de Pedro e Inês. Na verdade quando se fala da serra del rei, estamos a falar de todo o planalto das Cezaredas que fora ou propriedade do rei, ou sob a sua jurisdição directa. Não será ao acaso que perto se situam a aldeia de Reguengo Grande...Ora um requengo é uma localidade que dependia da autoridade do rei. Porque uma local calcário, dependeria de tal autoridade? Porque existem as festas do Espírito Santo em Moledo? Também não esquecer a mata real da quinta da Moita Longa, que segundo um autor Quintans, era sempre muito vigiada pela guarda real...
Blog muito interessante. Sou natural da região: nasci no Bombarral em 68, vivi a infância no Casal Caldeira, os meus avós paternos eram do Sobral da Lourinhã, os avós maternos eram do Paço. no Paço os mais antigos diziam que "onde hoje é terra, antes era mar". Ainda segundo os meus antepassados, São Bartolomeu dos Galegos deve o nome ao facto de ali ter aportado um barco galego trazido por uma tempestade. Seria interessante encontrar um geólogo que explicasse a evolução do açoreamento de toda aquela extensão de terra, desde a Atouguia até a São Bartolomeu e Toxofal de cima. O Porto de mar da Atouguia açoreou tanto que o último esforço para o salvar foi feito por D. Dinis. A quinta da Moita Longa terá pelo menos 2000 anos, e terá estado na origem da Lourinhã e do Casal Lourim. A Lourinhã era há 2000 anos terra pantanosa,administrada pelo consul romano Gaius Juluis Laurus (daí Lourinhã, ou laurinhanas ou Casal Lourim). O consul terá sido administrador da cidade perdida de Eburobritium, cidade romana junto a Óbidos, descoberta nos anos 90 do século XX durante a criação da A8, e cujo registo de existência estava descrito por Plínio-O-Velho. Eborubritium foi abandonada devido ao açoreamento do porto de mar que a servia, e porque não era muralhada, o que impediu a destruição no caos do fim do império romano. Óbidos, com as suas muralhas medievais substituiu a cidade abandonada. A quinta da Moita Longa terá sido a villa do senador romano que administrava Eborubritium (O meu pai dizia que Moita Longa vinha de Mata Longa, uma mata que vinha desde Óbidos até ali). A pedra Tumular do senador foi posteriormente reaproveitada e está na igreja da aldeia de Mira Gaia (olhar ou mirar o rio Gaia). A Quinta da Moita Longa hoje pouco mais é do que uma ruína, mas tem uma aura que qualquer pessoa que a visite sente de imediato. O Moledo é também antiquíssimo, há por lá uma pedra com inscrições fenícias, e o registo de que D. Pedro e D. Inês por lá viveram e tiveram os seus filhos é um facto na historiografia.Cada pedra da terra que me viu nascer tem uma longa história para contar. Infelizmente o magnífico vale da Rocida, junto a Pena Seca, foi destruído pela pedreira. Saudações cordiais
Nascido e criado no casal Caldeira, a 3 Kms do Moledo, onde ia todos os dias, ou à escola, ou à missa. Sim, no local do antigo palácio havia os restos de uma fonte e vestígios de azulejos. Notável é o conhecimento passado por via oral, já que quase todas gente era analfabeta, incluindo os meus saudosos pais. E no entanto essas histórias antigas também mexeram contadas. Só estudo os amores de D. Pedro e D. Inês de Castro. Já a minha família do lado materno, do Paço, me dizia, que onde hoje é terra, antes era mar.