Cancioneiro Íntimo (I)
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não me guardem sossego
eu quero a ânsia da onda
o eterno rebentar da espuma
As horas são-me escassas
dai-me tempo
ainda que o não mereça
que eu quero ter
outra vez
idades que nunca tive
para ser sempre
eu e a vida
nesta dança desencontrada
como se de corpos
tivéssemos trocado
para morrer vivendo
Ânsia de Mia Couto
Um belo poema, de um escritor que vale sempre a pena reler, em poesia ou em prosa...
Adorei o poema!
Parabens pelo post e pelo blog!
Serenela Periquito da Nazaré.