ETAR por aqui mais uns anos
Salvaguardando outros eventuais interessados, parece uma boa jogada aquela pela qual o Município de Peniche (e o Tesouro) concedem o direito de ocupação do espaço das antigas instalações da Docapesca à ESIP (European Seafood Investments Portugal), transformando um futuro momo devoluto numa âncora à fixação do maior unidade conserveira nacional e importante empregador local.
Mais do que as discutíveis tolerâncias ambientais, serão medidas como esta que cabem a um Município preocupado com a empregabilidade e economia locais.
Não obstante parecer de difícil verificação o incremento de postos de trabalho numa empresa com a volatilidade laboral da ESIP, entre trabalhadores permanentes, temporários e sub-contratados, vale como sonante moeda de troca e declaração de intenções que não deixa de firmar um assumido contrato.
Também sobejamente interessante para as aspirações (e inspirações) penicheiras (e dos que nos visitam) é o compromisso da ampliação da estação de tratamento de águas residuais daquela unidade e da implementação de um sistema de tratamento de odores, reduzindo os impactos negativos provocados pelos maus cheiros à entrada da cidade.
A ESIP, pode ser a maior unidade conserveira do País, pode ser o maior empregador da cidade, mas não tenho dúvudas de que também é o maior poluente da cidade. É preciso "receber" a Docapesca para implementar um sistema de tratamento de odores? Com todo o investimento que vão fazer....não tiveram "tempo" para investir nos odores?
Atenção! Estamos a falar de uma Sub-concessão. As instalações são da Câmara, que estão concessionadas à DOCAPESCA que por sua vez faz uma sub-concessão à ESIP. De resto, nada a registar, parece-me um procedimento natural e normal.
Compromissos & Promessas = Tretas