segunda-feira, junho 12, 2006

Fola

Onda que enrola na areia,
Ruído de embate no chão,
Murmúrio que serpenteia
Na porosa lentidão.

No compasso das marés,
Em cada vaga errante,
Há amores, ódios e fés,
Volúvel astro distante.

Mas há ondas que não batem,
antes a rocha enfrentam,
riscos brancos de explosão.

E no ruído que fazem
Muitas pedras se fragmentam.
É nessas que eu sou leixão!


Joviano Perene

3 contributos:

At 12/6/06 15:05, Blogger jp disse...

O primeiro de muitos do profícuo Joviano Perene, em especial e inédita revelação aqui nos Amigos de Px.

 
At 12/6/06 17:13, Anonymous Anónimo disse...

com que então Joviano ??????
muito bem !!!

venham os outros que eu não conheço,.......

qual é a última palavra do poema ?

 
At 12/6/06 17:44, Blogger jp disse...

leixão-"pedra alta e isolada na costa marítima"...como por exemplo a da figura.

 

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