Amigos de Peniche: O fracasso pedonal de Peniche

terça-feira, março 27, 2007

O fracasso pedonal de Peniche - II

Estado em que se encontra a limitação de acesso ao caminho marginante da albufeira da barragem de S. Domingos, junto ao Centro de Canoagem do Oeste.

11 contributos:

At 27/3/07 09:53, Anónimo disse...: Uma vergonha e mais uma excelente demonstração de falta de civismo. E como estas já assisti a outras, como no Baleal, por exemplo. Com a BT a olhar e a dizer que tinha ordens para não actuar (!?).
At 27/3/07 10:07, Anónimo disse...: pois e... deveria ser pedonal, mas acontece que os automobilistas nao o respeitam! Sao carros, motas e jipes a toda a hora do dia
e da noite...
Mas ha uma esperança... pois uma das grandes opções nos projectos do nosso presidente da camara para 2007 sera precisamente proceder a melhoria dos acessos a albufeira (exclusivo para funcionarios e para serviços de apoio a barragem)
Pode ser que as coisas melhorem... e a esperança e a ultima a morrer!
At 27/3/07 10:22, Anónimo disse...: É neste tipo de situações, onde a prevarição está instituída, que esperamos para ver se a garra do actual executico camarário é tão efectiva como se alardeia.
At 27/3/07 10:27, Anónimo disse...: Aliás, teremos como verba definida em euros para:
- actividades ligadas ao Ambiente e Patrimonio Natural - 9 000
- Campanhas de sensibilização ambiental - 5 000
-Subsídios para projectos de educação ambiental - 4 000
Bem aplicada seja!
At 27/3/07 10:36, Anónimo disse...: E já agora alguém sabe se o caminho marginante vai ser finalmente completado como se previa, ou se se ficará apenas pela margem esquerda da albufeira?
At 27/3/07 11:00, Anónimo disse...: acho que ainda ninguem sabe de nada
ainda é muito cedo.
o plano de ordenamento das margens de todas as barragens de portugal estao feitos...mas o da barragem de S. Domingos ainda esta por definir. Sera para breve e as propostas serao discutidas na altura.
At 27/3/07 11:05, Anónimo disse...: actualmente o caminho é pela margem direita, esquerda e tb superior :D
Qd a barragem esta vazia é por todos os lados...de todas as maneiras...com todos os meios de transporte... como o cavalo!!
e quando digo "superior" (por cima) nao me refiro nem a ponte da Ip nem aos passaros, libelinhas ou avioes... HEHE
At 27/3/07 11:09, jp disse...: O Plano de Ordenamento da Albufeira, que segundo esta notícia: http://www.oesteonline.pt/noticias/noticia.asp?nid=11368
terá sido aprovado na generalidade em Fevereiro de 2006, 13 anos depois da construção da barragem, aguarda desde aí a aprovação final, conforme consta no site do Instituto da Água:
http://www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/poa/poa_situa.html"

E claro grande parte da populaça alinha pelo laxismo de topo.
At 27/3/07 11:18, Anónimo disse...: Como nos alertou pb ... Olhemos o exemplo do baleal, que fez dia 21 de Março 3 ANOS... que: BALEAL SÓ A PÉ!!!
Quantos pezinhos de zezinhos se continuam a esticar!!

Ps. Alguem soube que a "Quinta do Penteado" (na margem da albufeira) foi alvo de incêndio ha umas semanas atras?? Como?Quando e porque?
At 27/3/07 14:13, jp disse...: Estive na Quinta do Penteado este fim-de-semana, em passeio BTT, quando tirei as fotos para o post. Eu e mais quatro jipes e respectivas troupes que por ali aceleravam.
Há muito que esta magnífica quinta, saudoso local de alguns dos meus mais marcantes pic-nics de juventude, está em ruínas.
No domingo também detectei algumas zonas queimadas, mas insignificantes face à ruína geral.
Nota-se também no pátio interior marcas de actividades humanas típicas de locais ermos.
É triste e confrangedor, ou não fosse este um dos melhores enquadramentos paisagísticos do concelho.
At 30/3/07 21:10, Anónimo disse...: Esta situação só transmite a inoperância do actual presidente da Câmara. Aqui se vê quem são os corajosos e quem é que afronta os poderosos.

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Origem da expressão Amigos de Peniche: A expressão regist[r]ada no Dicionário das Origens das Frases Feitas, de Orlando Neves, vem no plural, embora o uso tenha consagrado o singular, também, como vem abonado no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (que dá amigo de Peniche = amigo da onça, «falso amigo, amigo interesseiro, hipócrita, interesseiro»). Quanto à origem da expressão, transcreve-se de seguida o que refere Orlando Neves: «A "amigos" traiçoeiros, falsos ou hipócritas se costuma chamar “amigos de Peniche". Afinal, nem Peniche nem os seus naturais têm que ver com essa ideia de falsidade. Mariano Calado, no livro Peniche na História e na Lenda, esclarece completamente o caso: "Tendo D. Henrique morrido sem deixar descendência, surgiram, naturalmente, como pretendentes ao trono de Portugal, três netos de D. Manuel: Filipe II, rei de Espanha, D. Catarina de Bragança e D. António, Prior do Crato. Era ao primeiro aquele a quem a força dava mais direitos, demais coadjuvado pela perfídia que, ao tempo, grassava na corte portuguesa; e um exército espanhol, comandado pelo Duque de Alba, invadiu o Alentejo, tendo Filipe sido proclamado rei de Portugal. Não o reconheceu, todavia, D. António que, mercê de mil e uma habilidades diplomáticas, conseguiu que Isabel Tudor, rainha de Inglaterra, pusesse à sua disposição uma armada de cerca de 20 000 homens e 'cento e setenta navios grandes e pequenos' para, com ela, reivindicar os seus direitos; e, a 26 de Maio de 1589, os penichenses viram desembarcar, na sua praia do sul, parte dos soldados desse exército, comandados pelo general John Norris. Depois de uma leve escaramuça com a guarnição da Fortaleza – a que não faltaria, sem dúvida, a indiferença dos poucos portugueses às ordens do oficial castelhano D. Pedro de Gusmão, e que suporiam, talvez, que com a chegada dos bretões seria possível a expulsão do invasor filipino –, a praça foi tomada e o exército inglês caminhou sobre a capital, ao mesmo tempo que, sob o comando do almirante Francis Drake, a esquadra que o desembarcara em Peniche rumava a caminho de Cascais. Entretanto, entre o receio de uns e a alegria de outros, chegava a Lisboa a nova do desembarque de D. António, passando entre os seus partidários, a segredar-se, num anseio de esperança: 'Vêm aí os nossos amigos… Vêm aí os nossos amigos que desembarcaram em Peniche…' Mas o exército invasor, e sem que o Prior do Crato tivesse a força suficiente para o evitar, avançava na maior das indisciplinas, devastando e roubando as terras por onde passava – Atouguia, Lourinhã, Torres Vedras, Loures… –, até que, tendo chegado às portas da cidade, acampou nos altos do Monte Olivete onde, pouco depois, os canhões do castelo de S. Jorge, por ordem de D. Gabriel Niño, começaram a despejar metralha. Grande foi a surpresa de John Norris em face desse bombardeamento, pois D. António, para conseguir o indispensável auxílio do exército inglês, teria provavelmente garantido não haver necessidade de combater, visto que seria festivamente recebido em Portugal. E o acampamento foi mudado para a Boa Vista e Bairro Alto, de onde, após um breve recontro com os castelhanos, retirou de novo, desta vez para Esperança. Dentro das muralhas e durante todas estas manobras, a ansiedade patriótica dos 'antonistas' continuava, segredando a ocultas: 'Será hoje que chegam os nosso amigos?… Virão os nossos amigos de Peniche?…' D. António bem deve ter insistido e procurado dar novas garantias, mas aquele exército composto de mercenários não poderia sentir o patriotismo e a dor do infeliz e desorientado pretendente; e assim, dias depois e em face do desespero do Prior do Crato, refugiava-se ingloriamente em Cascais, na mesma esquadra que o trouxera de Inglaterra e desembarcara em Peniche. '– Porque não entram os nossos amigos?… Porque nos abandonam os nossos amigos de Peniche?…' E foram baldadas todas as ingénuas esperanças dos partidários de D. António, pois o auxílio que a este tinha sido oferecido teria, por certo, menos o interesse de participar generosamente na reconquista da independência de Portugal que humilhar o orgulho e poderio de Espanha através de um golpe de surpresa, aliás coadjuvado pela suposta fácil sublevação do povo português, cansado de extorsões e ignomínias. Por muito tempo ficou aberta no coração dos 'antonistas', como ferida dolorosa, a desilusão dos amigos desembarcados em Peniche, daqueles amigos que esperavam receber como libertadores e que afinal os tinham abandonado. Mas os homens desembarcados em Peniche, e que traíram as esperanças dos bons portugueses de então, não eram de cá e partiram como vieram, não ficaram em Portugal…"»

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O fracasso pedonal de Peniche - II

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