Mais um...
É já em Outubro que Peniche contará com mais um Centro Comercial onde pode fazer compras.Com 100 lojas, o Centro Comercial conta com o Know-how da Mundicenter e com a forte presença do grupo Indetex (Bershka, Oisho, Stradivarius, Pull & Bear, Lanidor, Promod, Kidd´s Class, Sportzone, Boutique dos Relógios e Loja do Gato Preto), com 15 restaurantes entre os quais o MacDonald´s e Pizza Hut, um hipermercado Jumbo com Loja Box, cinco salas de cinema Lusomundo, um Health Club e parque de estacionamento gratuito e coberto.
Como já é habitual, não é em Peniche.
jp às 08:55
11 contributos
é pena a inabilidade da câmara para lidar com investimnto deste calibre. Lourinhã numa pequena area tem lidl, intermarche e em breve feira nova ..peniche definha com o comércio local...ainda no sábado para comprar uma coleira para as pulgas da minha cachorra percorri 3 supermercados em peniche e só com direito a uma escolha...veja-se bem...há 1 ano atras procurei uma normalissima TV que em peniche custava uma média de 120/130 eur.. fui ás caldas e comprei a mesma tv por 85 eur...engraçado não é? enfim..é pena mas é assim...peniche definha!
Caro JP,
Das posições que vem defendendo no seu blog, esta é sem dúvida a que mais me tem desiludido, não só por si mas pelo conjunto de comentários que gera e que demonstra o mundo do vil metal pelo qual a nossa sociedade se deixou enredar completamente. Os centros comerciais e as grandes superfícies, parece-me, são aqui mais defendidos do que o próprio serviço de urgências! Será este o nosso futuro? Mcdonalds, 15 restaurantes e lojas iguais às que podemos encontrar em qualquer parte do mundo? Que sustentabilidade teria um projecto desta dimensão no nosso concelho? Que impactos? Não fará sentido estudá-los? Averiguar que necessidades e que capacidade temos para os investimentos que queremos e poderemos acolher numa lógica de fazer equilibrar os pratos da balança entre oferta e procura?
Para além das questões locais, do impacto que teriam 15 restaurantes de comida alentejana ou transmontana ou sei-lá-de-onde na identidade local e nos restaurantes de peixe e mariscos que muito identificam Peniche por esse país fora, importa analisar as questões nacionais: que sociedade estamos a construir com estas verdadeiras catedrais do consumo? Eu fujo destes lugares! Mas quando tenho mesmo de lá ir vou às horas de menor confusão e não é por isso que deixo de ver gente a mais às voltas sem nada fazer, sem nada comprar, boquiabertos, hipnotizados pelas cores, ali metidos, encafuados, estupidificados!
É este o modelo de desenvolvimento que Peniche quer? Templos do consumismo e monstros de betão? Não é isso que tem sido demonstrado pelos munícipes que se pronunciam dando a cara nos fóruns próprios.
Se me falassem no museu de arte contemporânea que foi recentemente inaugurado em Elvas…isso causou-me verdadeira inveja.
C.H.I.
Caro c.h.i.,
Agradeço o seu comentário que num ou noutro ponto não posso deixar de precisar.
Não defendo nem nunca defendi um modelo de desenvolvimento baseado no consumismo, e nessa matéria comungo de muitas das sensações e opiniões que connosco partilhou.
Também não faço a apologia de centros comerciais e quejandos, nem tão pouco dos tais papalvos do Shopping, que tão bem caracterizou.
O que eu de todo não concordo é com qualquer tipo de proteccionismo, entrave, lobbys comerciais, contratempos, dificuldades ou quaisquer outros tipos de jogadas tendentes a limitar a minha liberdade de escolha enquanto consumidor e sobretudo enquanto consumidor em Peniche. É contra isso que eu me bato e é essa liberdade que eu defendo.
Como acontece consigo e com grande parte dos penicheiros, também não consigo prescindir da vantagem da concentração de vários tipos de comércio num único local, que permita numa rápida passagem resolver um vasto número de aquisições, libertando o tempo para outros assuntos mais úteis ou prazerosos (museus de arte são um bom exemplo...).
É óbvio que preferiria fazê-lo num acervo de lojas especializadas, num renovado centro pedonal penicheiro, pelo qual também me bato. Mas tal não existe, nem sequer em vontade política, e eu vou continuar a necessitar de optimizar o meu tempo.
Como sabe existiu um projecto do Universo Sonae para Peniche, que não se concretizou, inicialmente por questões ligadas à interpretação do PDM. Isso prova que a rentabilidade dum projecto desta envergadura para Peniche foi estudada, e é favorável, como aliás se passa na Nazaré, em Alcobaça etc..
Mas porque é que tal não existe em Peniche?
Esclarecida a situação do PDM, porque não se faz pela retoma dessa intenção?
Porque temos de nos continuar a deslocar a cidades vizinhas, perdendo tempo, emitindo CO2, quando é rentável, é fazível, podermos ter igual liberdade de escolha na nossa cidade e até já existiu intenção nesse sentido?
É contra esta incongruência que me vou continuar a bater.
O comércio tradicional em Peniche não responde às necessidades. Já por várias vezes, tive de recorrer às Caldas para encontrar o que precisava.
O caso Modelo é um exemplo de investimento perdido e que teria beneficiado BASTANTE a população local.
Apesar de cá não existir Centros Comerciais atafulhados de gente, deixei de ir, A DETERMINADAS HORAS, aos parcos supermercados que cá existem pois é impossível lá andar.
Senhores autarcas:os supermercados locais SÃO MANIFESTAMENTE INSUFICIENTES PARA AS NECESSIDADES! Lembrem-se que quem paga contribuições (que não são tão baixas assim) exige contrapartidas para cá viver. Constato que se desaparecerem as urgências e outras mais-valias não merece a pena continuar por cá e é preferível ir para uma terra que nos ofereçam esses serviços, como por exemplo, as Caldas da Rainha. Peniche não é só 3 meses de Verão!
este chi deve ser partidario das lojas chinesas que só vendem merda e cara, deve ser partidario de um mesmo objecto para todos, numa logica difusa de comunismo no seu mais puro estado. Não defendo e abomino as carneiradas do shopping, mas sou pela diversidade de escolha e contra lobbys escondidos (com o rabo de fora).
Eu penso pela minha própria cabecinha. Não me considero propriamente gado. Por isso posso e gosto de decidir quando e onde vou almoçar. Ou quando e onde vou frazer compras. Mas para tal, preciso de ter alternativas. A chamada "concorrência". E quando há concorrência, já se sabe que ganha sempre o melhor. Se me apetecer peixe e os restaurantes da Avenida do Mar o servirem com qualidade, lá estarei. Mas se me apetecer deglutir um Big mac em 30 segundos, porque não?
Os comentários fervorosamente contra qualquer tipo de concorrência têm forte odor a insegurança.
Meus senhores, não se incomodem: a terra até não é má, ultimamente tem é andado mal frequentada.
Ouvi dizer (não sei se é boato)que se ia avaliar novamente a possibilidade do Modelo se instalar em Peniche e que a Associação Comercial se iria pronunciar contra. Mais uma vez ressalvo não saber se corresponde à verdade mas não me surpreenderia que fosse essa a atitude da Associação por razões óbvias. Só espero que, se for verdade essa discussão, não se criem mais problemas porque a cidade necessita de mais espaços comerciais deste tipo. Como já referi noutros posts, os existentes são insuficientes para as necessidades e há alturas em que não se pode lá ir, pois desespera-se nas filas e também não nos podemos esquecer dos postos de trabalho que se iriam criar.
Uma pessoa vai a uma outra qualquer cidade e vê lá um "montão" de supermercados mas aqui parece que se anda ao contrário!
O melhor é não fazermos nada e irmos comendo o queijo, calmamente até que se acabe!
Caros bloguistas,
Nasci em Peniche, vivi fora durante umas boas dezenas de anos e agora resolvi voltar para ficar. Talvez por ter vivido quarenta anos no centro de Lisboa, ainda não sinto a falta de um grande centro comercial em Peniche. Mesmo em Lisboa era sempre com alguma relutância que recorria aos grandes centros comerciais, embora lhes reconheça a vantagem da oferta concentrada. Também muitas vezes deopois de percorrer lojas e mais lojas, acabava por sair sem encontrar o que precisava! Sinto, isso sim, falta de comércio. Comércio inovador, diversificado, com qualidade, actual e de proximidade. Tendo em conta a previsível situação futura do país e dos portugueses, o comércio local e de proximidade cada vez mais terá o seu espaço próprio garantido, desde que bem pensado, bem posicionado e que obecdeça a uma opção estratégica de desenvolvimento local sustentado. Na minha opinião de leigo e de consumidir, este tipo de comércio é mais amigável para além de me parecer que pode contribuir para revitalizar sem constrangimentos o espaço onde se situar se for concentrado numa zona específica com alguma caraterística e não numa modernice qualquer... Se a autarquia e associação comercial trabalharem em conjunto para o desenvolvimento da terra, olhando para as suas necessidades e para as necessidades dos seus actuais e potenciais consumidores, acredito que o resultado possa vir a surpreender e, ainda mais, os que se opõem às mudanças... Dedicar, no centro, uma ou duas ruas para o comércio tradicional, parece-me bem mais interessante do que ter uma catedral de passeio domingueiro. Estas catedrais de consumo sufocam o comércio local mas depois não o substituem. É certo que nos dão a ilusão de maior oferta e de maior escolha, mas no final, o que fica mesmo é a ilusão de poder ter mais escolha... Na mesma linha, pode colocar-se a necessidade da dinamização do mercado, cujo aspecto durante a semana é, no mínimo, desolador e capaz de afastar o mais renitente consumidar dos vegetais e legumes frescos vendidos na praça em alternativa aos produtos com dois ou mais dias de refrigeração vendidos nos supermercados... Não sei, digo eu que ainda só cá estou há um mês.
José Melo
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