Cadernos de Viagem - Alguém me disse
Foi no fim de Dezembro de 2002, a caminho do Futuroscope, em Poitiers, que me demorei 2 ou 3 dias na região de Bordéus.
Explorada a cidade, aventurei-me pela “terroir” dos Bordeaux, com frequentes paragens para abastecimento, meu e da garrafeira que se ia acumulando em vasta zona reservada do porta-bagagens.
Uma dessas paragens foi em Saint-Emillion, ex-libris da região vitivinícola, onde depois de percorrida a vila e de visitar as bem fornecidas caves Clos de Menuts, o meu estômago me lembrou de que nem só de líquidos se vive.
Na rua principal os restaurantes eram declaradamente de preçário turístico e foi numa rua mais retirada que encontrei um poiso que me agradou, com preço e carta adequados. Escolhi uns patês e mais uns complementos que agora não recordo, escolhi também um bom vinho da região (que ali se oferecem quase ao preço de mercado) e saciei-me tendo por fundo os vinhedos das cercanias. O momento era ainda mais perfeito pela música ambiente que me envolvia, uma voz quente, sensual, que cantava aprazíveis melodias, em obrigatória língua francesa.
Tanto me agradou que inquiri o empregado sobre a cantora e nome do álbum, para além do papier e crayon para anotação.
O garçon, com ar intrigado, lá me providenciou o pedido, trazendo-me mesmo a capa do CD para que tomasse a devida nota, sem nunca retirar um leve ar, ao mesmo tempo curioso e inquisidor, com aquela inusitada solicitação.
É aí que ainda hoje me arrependo de não lhe ter sentenciado:
Parce qu’elle sera un jour votre première dame!
Explorada a cidade, aventurei-me pela “terroir” dos Bordeaux, com frequentes paragens para abastecimento, meu e da garrafeira que se ia acumulando em vasta zona reservada do porta-bagagens.
Uma dessas paragens foi em Saint-Emillion, ex-libris da região vitivinícola, onde depois de percorrida a vila e de visitar as bem fornecidas caves Clos de Menuts, o meu estômago me lembrou de que nem só de líquidos se vive.
Na rua principal os restaurantes eram declaradamente de preçário turístico e foi numa rua mais retirada que encontrei um poiso que me agradou, com preço e carta adequados. Escolhi uns patês e mais uns complementos que agora não recordo, escolhi também um bom vinho da região (que ali se oferecem quase ao preço de mercado) e saciei-me tendo por fundo os vinhedos das cercanias. O momento era ainda mais perfeito pela música ambiente que me envolvia, uma voz quente, sensual, que cantava aprazíveis melodias, em obrigatória língua francesa.
Tanto me agradou que inquiri o empregado sobre a cantora e nome do álbum, para além do papier e crayon para anotação.
O garçon, com ar intrigado, lá me providenciou o pedido, trazendo-me mesmo a capa do CD para que tomasse a devida nota, sem nunca retirar um leve ar, ao mesmo tempo curioso e inquisidor, com aquela inusitada solicitação.
É aí que ainda hoje me arrependo de não lhe ter sentenciado:
Parce qu’elle sera un jour votre première dame!