Não estar bem, ETAR mal.
Já em 2001, quando da inauguração da ETAR de Peniche, se sabia que esta não teria capacidade para tratar os esgotos industriais da cidade.
A estação arrancou com o pressuposto de que as unidades industrias teriam, a breve trecho, de pôr em funcionamento estações de pré-tratamento que lhes permitissem ter águas residuais que cumprissem os valores máximos definidos pela lei vigente e respectivo regulamento autárquico.
Todos os valores em excesso seriam alvo de coimas a favor do município, em jeito de contrapartida pelo trabalho adicional da ETAR.
Desconheço o valor acumulado dessas coimas por incumprimento, só espero que sejam suficientes para fazer face a esta contra-ordenação muito grave (*).
(*)Lei 56/2006 de 29 de Agosto, artigo 22º: ".....às contra-ordenações ambientais muito graves, praticadas por pessoas colectivas, correspondem uma coima de € 60 000 a € 70 000 em caso de negligência e de € 500 000 a € 2 500 000 em caso de dolo."