Sou de Peniche (qualquer que seja a sua cor....)
Participei na III Convenção “Sou de Peniche”, onde pude assistir à apresentação de vários e interessantes projectos enquadrados nas medidas definidas pela Magna Carta Peniche 2025.
Como sempre, senti-me bem entre assumidos penicheiros, naturais ou de adopção.
Era de esperar que esta iniciativa contasse com a presença de muitos dos empenhados penicheiros que, por vários meios, e de variadas formas, participam, colaboram, sugerem, criticam, inventam ou protestam com alguns ou muitos dos aspectos relacionados com o futuro da cidade.
Mas não! Não direi que a assistência era monocromática, até porque o meu pixel cinzento assim o impedia, mas notou-se a falta do contraditório que tanto enriquece estas audiências.
Custa-me sempre e entristece-me perceber quando a militância se sobrepõe ao penicheirismo...
(A organização também que poderia agendar o evento para um dia não útil (entre tantos que havia este ano) permitindo conjugar a participação com deveres profissionais. Deixo aqui a sugestão para o próximo ano penicheiro que, na minha óptica, se sobrepõe a quaisquer condicionalismos políticos.)
Como sempre, senti-me bem entre assumidos penicheiros, naturais ou de adopção.
Era de esperar que esta iniciativa contasse com a presença de muitos dos empenhados penicheiros que, por vários meios, e de variadas formas, participam, colaboram, sugerem, criticam, inventam ou protestam com alguns ou muitos dos aspectos relacionados com o futuro da cidade.
Mas não! Não direi que a assistência era monocromática, até porque o meu pixel cinzento assim o impedia, mas notou-se a falta do contraditório que tanto enriquece estas audiências.
Custa-me sempre e entristece-me perceber quando a militância se sobrepõe ao penicheirismo...
(A organização também que poderia agendar o evento para um dia não útil (entre tantos que havia este ano) permitindo conjugar a participação com deveres profissionais. Deixo aqui a sugestão para o próximo ano penicheiro que, na minha óptica, se sobrepõe a quaisquer condicionalismos políticos.)
E já agora colocado online para quem está longe poder, pelo menos, assistir.
Olá JP
Pela primeira vez (nestas 3 edições do certame) não participei, pelo que admito à partida que possa estar a incorrer num erro de interpretação na minha opinião que segue.
No entanto, pessoalmente, considero desmotivante este formato "a puxar para" o evento científico com submissão e selecção de posters e de comunicações.
Além do mais, parece-me que desencoraja, inibe ou até afasta mesmo a participação interessada do cidadão comum, que não escreve artigos científicos nem produz posters, e no entanto tem uma palavra a dizer sobre a sua terra.
Espero que em próxima edição voltemos a um modelo mais voltado para o cidadão e menos académico.
Abraço
Caro JP,
tenho de concordar com o BRC, pois este modelo não está a atrair o cidadão comum da nossa terra, que por vezes saberia dar uma opinião com mais valor do que um qualquer académico. A Convenção deveria estar acessível a todos, afinal é para isso que existem serviços públicos. Logo o risco de criação de elitismo é patente levando a uma desmotivação de outros que não podem atingir esse patamar.
Cump
Concordo em pleno com a progressiva divulgação online dos eventos penicheiros, como por aqui tenho defendido. Neste caso até que seria fácil, pois a inscrição na Convenção poderia ser condicionada à devida autorização dos participantes para a difusão de imagens.
Quanto aos posters não os vi. Posso ser algo distraído, mas julgo mesmo que a ideia não pegou e não terá seguimento.
Já o figurino de comunicações seleccionadas, também me parece menos potenciador duma discussão aberta e descomprometida sobre os desígnios penicheiros.
O risco dum elitismo ou academismo não se notou no local. Os temas abordados eram simples e acessíveis apenas pecando por demasiado consensuais.
Como antro de umas boas dezenas de penicheiros, o que faltou mesmo no local foi um pouco de construtiva polémica. Resta saber se por defensiva selecção da organização, se pelo proverbial recato contestatário penicheiro...
Agradeço os comentários.
Caro Bernardo,
Acho que a ideia de este ano abrir a convenção à participação de oradores, autores, colaboradores, críticos e inventores (como refere o JP) através de um concurso e não de convites, pretendia aumentar o interesse e a participação pública do cidadão comum que pode ter algo a dizer sobre Peniche. Não considero que a ideia tenha sido dar um formato científico ao evento. Até porque eu participei e posso testemunhar que houve de tudo um pouco. Só é pena que a variedade dos temas e dos oradores não tenha sido acmpanhada por mais comentários e opiniões da plateia. As apresentações já estão quase todas disponíveis no site para poder verificar que a maior parte "não tem grande ciência". Noutras edições houve quem dissesse que eram sempre os mesmos a falar.
Pareceu-me que desta vez se tentou dar oportunidade a todos. Venham de lá ideias para melhorar a convenção!