Amigos de Peniche: <div align="center">Distracção</div>

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Distracção

É precisamente desde o dia 11 de Outubro que não ouço falar da obra de recuperação do Fosso das Muralhas.

10 contributos:

At 10/12/09 14:01, El Comandante disse...: O outro, disse, adeus Pai , até sábado.
Foi a ultima vez que o Pai o viu.
At 10/12/09 16:11, Cozinheiros disse...: Provavelmente quem tem saudades deste apetitoso tema terá de esperar pelas próximas autárquicas para o voltar a ouvir. De 4 em 4 anos a cidade lembra-se do fosso, para quê chatearmo-nos com ele agora?
At 10/12/09 18:36, Anónimo disse...: Não ouve porque não quer?

ACTA N.º 42/2009 (a última a ser disponibilizada ao público)

ACTA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE,
REALIZADA NO DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2009.

http://www.cm-peniche.pt/Downloads/ListDocuments.aspx?x=69

Conto 6 vezes a palavra "fosso"

Já na acta anterior são feitas duas referências...
At 10/12/09 19:18, João Seabra Lapuerta disse...: O prezado anónimo tem toda a razão! Curiosamente no meu adobe acrobat reader, ao premir Ctrl + F e pesquisar por "fosso", encontro efectivamente 6 correspondências!
-3 delas são a dar conhecimento de reuniões realizadas/a realizar onde será abordada a temática!
-1 delas é a relatar uma questão levantada por um vereador do PSD em relação à solução e futuro da festa de Nossa senhora da Boa Viagem e mercado mensal
-2 (restantes) apenas dizem respeito à contracção de um empréstimo para o efeito!!

Eu pensava que isto estava bem mais adiantado... =(
Por favor, não me digam que isto vai ser mais um caso tipo "biblioteca"!

Talvez valha a pena esperar sentado e quiçá degustando um limoncello!
At 10/12/09 21:33, El Comandante disse...: Segundo palavras de um ilustre elemento do executivo camarário,AS OBRAS IAM DAR INICIO DURANTE O MÊS DE SETEMBRO DE 2009.

Segundo a Acta a que se refere o pau mandado, a referência ao fosso, resume-se à contracção de um empréstimo para o referido fosso.

Será que FOSSO cada vez é maior?
At 10/12/09 22:45, Cozinheiros disse...: Meus senhores, deixar em acta é fácil. Passar para o lado real da vida já nem tanto. Se forem pesquisar a actas passadas decerto encontrarão muitas mais referências ao fosso, há pelo menos 10 anos que é assunto recorrente.
At 11/12/09 02:13, Anónimo disse...: O Presidente da Câmara vence todos os outros nessa especialidade do marketing. É só propaganda. Obra ainda nem vê-la.
At 12/12/09 02:25, Anónimo disse...: Humm!...Isto já começa a cheirar mal...
At 14/12/09 19:57, Anónimo disse...: BLA -BLA- BLA-BA.O costume nos tempos que correm, nao so aqui por estas bandas ,mas infelizmente é moeda corrente utilizada por todos os «nossos» dirigentes.Custa pouco prometer!Mas fazer nao esta ao alcance de todos...Há que esperar talvez até `as proximas eleiçoes. ARAU
At 5/1/10 15:00, Anónimo disse...: De lembrar aos presentes que nenhuma obra que veio para o Oeste como compensação por causa do Aeroporto ir para Alcochete, está em curso!

E no fosso projecto já há! Agora é esperar mais um pouco, quem espera 30 anos como eu também pode esperar mais uns meses!

É preferível ir com calma, do que contratar empresas e depois entrarem em falência e a obra por concluir, como na Biblioteca!

Como também a minha memória às vezes é curta, tenho de ir ver em que acta da C.M.P. está a Biblioteca!

Quanto às próximas eleições, os velhos do Restelo lá vão dizer que a obra do Fosso já estava prometida aos anos portanto a C.M.P. não fez mais que a sua obrigação!

Origem da expressão Amigos de Peniche: A expressão regist[r]ada no Dicionário das Origens das Frases Feitas, de Orlando Neves, vem no plural, embora o uso tenha consagrado o singular, também, como vem abonado no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (que dá amigo de Peniche = amigo da onça, «falso amigo, amigo interesseiro, hipócrita, interesseiro»). Quanto à origem da expressão, transcreve-se de seguida o que refere Orlando Neves: «A "amigos" traiçoeiros, falsos ou hipócritas se costuma chamar “amigos de Peniche". Afinal, nem Peniche nem os seus naturais têm que ver com essa ideia de falsidade. Mariano Calado, no livro Peniche na História e na Lenda, esclarece completamente o caso: "Tendo D. Henrique morrido sem deixar descendência, surgiram, naturalmente, como pretendentes ao trono de Portugal, três netos de D. Manuel: Filipe II, rei de Espanha, D. Catarina de Bragança e D. António, Prior do Crato. Era ao primeiro aquele a quem a força dava mais direitos, demais coadjuvado pela perfídia que, ao tempo, grassava na corte portuguesa; e um exército espanhol, comandado pelo Duque de Alba, invadiu o Alentejo, tendo Filipe sido proclamado rei de Portugal. Não o reconheceu, todavia, D. António que, mercê de mil e uma habilidades diplomáticas, conseguiu que Isabel Tudor, rainha de Inglaterra, pusesse à sua disposição uma armada de cerca de 20 000 homens e 'cento e setenta navios grandes e pequenos' para, com ela, reivindicar os seus direitos; e, a 26 de Maio de 1589, os penichenses viram desembarcar, na sua praia do sul, parte dos soldados desse exército, comandados pelo general John Norris. Depois de uma leve escaramuça com a guarnição da Fortaleza – a que não faltaria, sem dúvida, a indiferença dos poucos portugueses às ordens do oficial castelhano D. Pedro de Gusmão, e que suporiam, talvez, que com a chegada dos bretões seria possível a expulsão do invasor filipino –, a praça foi tomada e o exército inglês caminhou sobre a capital, ao mesmo tempo que, sob o comando do almirante Francis Drake, a esquadra que o desembarcara em Peniche rumava a caminho de Cascais. Entretanto, entre o receio de uns e a alegria de outros, chegava a Lisboa a nova do desembarque de D. António, passando entre os seus partidários, a segredar-se, num anseio de esperança: 'Vêm aí os nossos amigos… Vêm aí os nossos amigos que desembarcaram em Peniche…' Mas o exército invasor, e sem que o Prior do Crato tivesse a força suficiente para o evitar, avançava na maior das indisciplinas, devastando e roubando as terras por onde passava – Atouguia, Lourinhã, Torres Vedras, Loures… –, até que, tendo chegado às portas da cidade, acampou nos altos do Monte Olivete onde, pouco depois, os canhões do castelo de S. Jorge, por ordem de D. Gabriel Niño, começaram a despejar metralha. Grande foi a surpresa de John Norris em face desse bombardeamento, pois D. António, para conseguir o indispensável auxílio do exército inglês, teria provavelmente garantido não haver necessidade de combater, visto que seria festivamente recebido em Portugal. E o acampamento foi mudado para a Boa Vista e Bairro Alto, de onde, após um breve recontro com os castelhanos, retirou de novo, desta vez para Esperança. Dentro das muralhas e durante todas estas manobras, a ansiedade patriótica dos 'antonistas' continuava, segredando a ocultas: 'Será hoje que chegam os nosso amigos?… Virão os nossos amigos de Peniche?…' D. António bem deve ter insistido e procurado dar novas garantias, mas aquele exército composto de mercenários não poderia sentir o patriotismo e a dor do infeliz e desorientado pretendente; e assim, dias depois e em face do desespero do Prior do Crato, refugiava-se ingloriamente em Cascais, na mesma esquadra que o trouxera de Inglaterra e desembarcara em Peniche. '– Porque não entram os nossos amigos?… Porque nos abandonam os nossos amigos de Peniche?…' E foram baldadas todas as ingénuas esperanças dos partidários de D. António, pois o auxílio que a este tinha sido oferecido teria, por certo, menos o interesse de participar generosamente na reconquista da independência de Portugal que humilhar o orgulho e poderio de Espanha através de um golpe de surpresa, aliás coadjuvado pela suposta fácil sublevação do povo português, cansado de extorsões e ignomínias. Por muito tempo ficou aberta no coração dos 'antonistas', como ferida dolorosa, a desilusão dos amigos desembarcados em Peniche, daqueles amigos que esperavam receber como libertadores e que afinal os tinham abandonado. Mas os homens desembarcados em Peniche, e que traíram as esperanças dos bons portugueses de então, não eram de cá e partiram como vieram, não ficaram em Portugal…"»

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