O perigo da A8

Ontem fiz de novo o trajecto na auto-estrada A8, entre Lisboa e Peniche.
E tenho de protestar à Autoestradas do Atlântico!
É que em todo o percurso entre a saída para a Malveira e a saída para Peniche, nem uma só zona de obras com aquelas limitações absurdas de velocidade, nem uma só zona de redução para uma faixa, para logo a seguir passar a três, nem uma passagem sinuosa a remeter-nos para o lado contrário da via, nem uma sinalização horizontal descolada e torta semi-sobreposta por outras duas ou três mais antigas, nem uma faixa de saída para a estação de serviço que não se percebe onde começa e que acaba sempre à nossa frente, nem um puzzle de pins caoticamente dispersos um pouco por todo o lado, nem um daqueles desníveis de pavimento que nos faz saltar um palmo e quase bater no tecto, nem uma meia dúzia de caterpillars com braços nervosos a roçar o nosso vidro lateral, nem um operário camuflado no escuro da noite a acenar um sinalzinho para que um camião de 4 rodados salte para a via mesmo à nossa frente fazendo com que os olhos quase nos saiam das órbitas...

Ora o utente da A8 não está habituado a tal monotonia. Corre o risco de adormecer ao volante e criar uma acidente. E isso constitui um autêntico perigo!

Por isso apelo à Autoestradas do Atlântico para que rapidamente inicie algumas obras neste troço da A8, criando as condições de permanente receio, susto, perigo, alerta e pavor a que os utentes se habituaram noutras zonas desta via.

Afinal, andamos nós a pagar portagens para quê?