Berlenga, sustentar ou promover?
Uma das primeiras medidas do recém-criado “Conselho Estratégico da Área Protegida da Reserva Natural das Berlengas” será a tentativa de clarificar o sector das actividades marítimo-turísticas, no sentido de evitar a sobrecarga humana na ilha, como já aqui aludi.
Louvo a escolha. Sempre defendi que a sustentabilidade da Berlenga deveria começar por aí. Há agora que travar a difícil negociação com os direitos adquiridos pelas empresas do sector que, perante a permissividade geral, se foram também instalando no transporte para a ilha.
Louvo a escolha. Sempre defendi que a sustentabilidade da Berlenga deveria começar por aí. Há agora que travar a difícil negociação com os direitos adquiridos pelas empresas do sector que, perante a permissividade geral, se foram também instalando no transporte para a ilha.
Mas este tema levanta-me outro tipo de dúvida.
A tentativa de controlo dos acessos excedentários à ilha, confirma que a procura já é maior que a carga humana possível. Dai a premência da medida na vertente da sustentabilidade que se pretende instalar e de que Peniche se deve orgulhar.
Porém, em simultâneo, investe-se na divulgação turística da ilha, por variados meios, tendo por lema “Berlenga, Maravilha da Natureza”.
A pergunta salta evidente:
-Para que os novos visitantes, atraídos por esta ampla campanha, possam visitar a ilha, quem irá ficar em terra?
Ainda há pouco tempo se falava, que nas berlengas iria ser construido um projacto piloto de auto-sustentabilidade, com uma central electrica, uma central de tratamento de lixo, uma central de dessanilização, no qual já existiam umas empresas patrucinadoras e colaboradoras em portugal, desde instituições tecnicas a um elevado nº secalhar de show off. Houve quem dissesse" na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma", eu então digo- nesta peça nada se cria nem transforma, mas perde-se tudo.