Porto de Areia Sul
No rebordo da falésia encontra-se um espaço limitado por vedação de canas cruzadas, encimadas por garrafas plásticas vazias e contendo no seu interior algum lixo, entre cadeiras, bancos, caixas, vasos, cata-ventos e apetrechos variados, para além de uma pequena exploração hortícola e de alguns pés de videira.
Um cenário particularmente decrépito, num enquadramento natural de especial beleza.
O Instituto da Água colocou por perto um aviso alertando para o perigo da arriba em erosão.
No mesmo cartaz lá se dá conta que este Instituto está sob a alçada do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território.
Mas não se fez valer o ordenado....
Um cenário particularmente decrépito, num enquadramento natural de especial beleza.
O Instituto da Água colocou por perto um aviso alertando para o perigo da arriba em erosão.
No mesmo cartaz lá se dá conta que este Instituto está sob a alçada do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território.
Mas não se fez valer o ordenado....
... e até tem a esplanada que se pode ver em:
http://cerrodocao.blogspot.com/2009/04/penicheiradas.html
...e muito mais:
http://amigos-de-peniche.blogspot.com/2007/05/fiscalizao-marginal.html
Só não seremos demais a substituir a inepta fiscalização oficial e aumentar, desde já, a denúncia desta crescente apropriação da marginal sul, sem o que, daqui a alguns anos, teremos novo tema de lamentação penicheira.
Os ciganos não fazem o mesmo?? Então não sei qual é o espanto. Quando derem as casas aos ciganos para eles irem viver, em troca da saida do acapamento, aproveitem e façam o mesmo a estas. Da minha parte acho que vou rapidamente propriar-me de um bocado de terra e fazer lá uma barraquinha, é que com o rumo que isto tá a levar não aguento por muito mais tempo a prestação ao banco, e assim garanto que também me oferecem uma casita (que não pode ser em andar) para ir viver com a familia, sai muito mais barato, e não é nenhum favor que me estão a fazer. Depois de estar instalado deixo de trabalhar, não pago impostos nenhuns e vou exigir fundo de desemprego e rendimento minimo, e aí finalmente posso levar uma vidinha sem stresses.
Tenho 40 anos e sempre vivi naquela zona e sempre me lembro da barraquinha, das canas e de tudo o resto naquele local. Julgo que a barraca, bem como a horta já deve ter mudado de mãos várias vezes.
Quando a vejo, não consigo deixar de ter um sentimento duplo, por um lado gostava que tudo aquilo lá não estivesse, por outro, tenho pena porque parece-me que deve ser obra de algum velhote profundamente apaixonado por Peniche e pelo mar e tudo aquilo não passa senão de uma forma de manifestar o seu amor a ambos...