terça-feira, abril 03, 2007

Maré poética (I)

Vê como o verão
súbitamente se faz água no teu peito,

e a noite se faz barco,

e minha mão marinheiro.


Arte de Navegar de Eugénio de Andrade

3 contributos:

At 3/4/07 14:01, Blogger xf disse...

Lindo poema...
Contudo estou certa que Eugénio de Andrade não terá escrito o advérbio de modo "esdruxulamente"! ;)

 
At 3/4/07 14:30, Blogger jp disse...

Cara xf,
Passa-se exactamente o contrário!
Eugénio de Andrade deve tê-lo feito, pois era a grafia correcta na época.
Fiquei por isso na dúvida se ao transcrever o poema seria legítimo fazer a alteração para a prática vigente, ou se deveria manter a grafia original.
Consultei por isso "douta personagem do campo das letras" que foi peremptória em admitir e recomendar a correcção para a grafia actualmente em vigor.
Inocentado o poeta, resta-me penitenciar-me pela ausência da referida actualização e congratular-me de tão arguta revisora.

 
At 5/4/07 18:21, Blogger xf disse...

O erro foi meu...
Arrogância a minha de ter achado que podia estar certa sobre o que ou como Eugénio de Andrade escreveu... :P (para mim mesma!)

 

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