sexta-feira, agosto 31, 2007

Eu estou aqui!

Congratulo-me com o uso que foi dado à caixa de comentários do post anterior que tanta participação teve durante a minha ausência.
Apraz-me registar que nenhum assunto relevante para o futuro de Peniche foi aí discutido.
E compreendo porquê! De facto nada de importante sucedeu nesta silly season penicheira.
Senão vejamos:
O estudo do município para a manutenção das urgências foi mal acolhido pelo Ministro da Saúde que reitera a intenção de fecho iminente.
O Campo da Torre lá foi espartilhado num versão indistinta com estacionamento, visando apaziguar gregos e troianos.
O acampamento cigano no centro da cidade encaixou mais uns largos habitantes nómadas que se apressam a erigir a respectiva habitação e a montar estaminé nas ruas da cidade.
Foi firmado protocolo destinado a avaliar os impactos sócio-económicos do projecto da marina de recreio em Peniche.
Peniche Capital da Onda é cada vez mais uma realidade com centenas de praticantes e aprendizes ao longo das praias do concelho.
O Parque verde à entrada da cidade já adquiriu a cor projectada, promessa de mais uma apetecível zona da cidade, mas onde continua a faltar um acesso pedonal seguro.
A cidade está de facto mais “no Mapa” quer pelas inúmeras referências e citações, quer pelo acrescido número de visitantes, apesar do nosso tradicional fresquinho estival.
Compreende-se por isso que não se perca tempo com estas ninharias e se tenha seriamente discutido a divulgação, consequências e implicações de um qualquer arrojo em foro asinino.
Tal como os partidários de D. António Prior do Crato (ver faixa lateral), vejo-me exclamando atónito:
- Por onde andam os Amigos de Peniche?

8 contributos:

At 1/9/07 00:48, Anonymous Anónimo disse...

Caro JP:
Bem haja pela sua destreza na forma como esplana tão diversificados temas. Apras-me registar que se calhar a nossa querida Cidade não tem mudado tanto, senão vejamos: descontando a sazonalidade do momento, o desemprego aumenta; o poder de compra continua a diminuir. Os novos investimentos, dignos desse nome, repelam-se só de ouvir falar em Peniche.
Os grandes acontecimentos culturais passam-nos ao lado, a educação e civismo degrada-se.
Enquanto os nossos autarcas praticarem a máxima de "com papas e bolos se enganam os tolos" temo que a nossa terra se destine a um autêntico gueto social onde a marginalidade prolifera logo o índice civilizacional reflecte bem a nata dos nossos autarcas tão legitimamente eleitos.
Deixemo-nos de bailaricos de bairro e de burricadas que apenas pretendem corresponder às aspirações políticas de quem nunca fez nada para singrar na vida. Penichenses, acordem; exerçam o direito e o dever de cidadania. Sejamos uma voz crítica desta tentativa de castração de pensamento próprio que nos tentam impôr.
Não acreditem nos sorrisos falsos que vos tentam cativar.
O martelo e a foice à muito que deixaram de ser genuínos.

 
At 1/9/07 11:23, Anonymous Anónimo disse...

Graças a Deus qe está de volta J.P. porque para visitantes assiduos como eu (apesar de não tecr comentários) o que se passou no post anterior foi uma grande rebaldia...
É com muito gosto e prazer que o volto a reler genuinamente.
Parabéns pela bonita iniciativa ao criar este blog!

 
At 1/9/07 12:24, Anonymous Anónimo disse...

ja compreendi,quando estas ausente a terra para de girar!!

 
At 2/9/07 13:01, Anonymous Anónimo disse...

Excelente re-entrada! A nova temporada promete, portanto. Bem-vindo.

ps: curioso como tantos comentários aqui feitos têm um intenso odor a política e politiquice, quando me parece que este blogue é 100% apolítico.
Será que o anónimo aqui mais em cima pensa que a malta é assim tão...burra? Será que quando fala em "autarcas" não sabe que está a incluír TODOS os autarcas, ou seja, vereadores do partido no poder e tb da oposição onde aparentemente se inclui? Será que pensa que os anteriores executivos camarários foram muito melhores? Será que ainda não percebeu que o povo que o elege não é gado e consegue somar 1+1?
Façam-nos um favor. Sejam de que partido forem, tratem mas é de trabalhar para pôr Peniche no mapa. Porque Peniche cada vez mais se está a tornar outra vez numa ilha. Que a cada dia que passa está mais longe do resto do país. Um dia talvez se afunde, e vocês políticos, a perguntarem-se porquê com a água já pelo pescoço.

Abraços JP e desculpe lá este desabafo...

 
At 2/9/07 16:09, Anonymous Anónimo disse...

pb, estou de acordo com o seu comentário, no entanto não posso deixar de lhe lançar um repto:
Para alterar o estado em que Peniche se encontra, quais as medidas a desenvolver?

 
At 3/9/07 20:15, Anonymous Anónimo disse...

se nao me engano foi o fernando dacosta, num dos seus ultimos livros, que escreveu: nos acabamos por ser aquilo que pensamos em ser , ou qualquer coisa assim.
Em peniche é igual so lamentaçoes as muralhas devem ser de boa qualidade.

 
At 3/9/07 20:40, Anonymous Anónimo disse...

Realmente, Peniche está a ficar para trás. Até dói ver o desenvolvimento dos concelhos limítrofes. Uma terra como esta tem imensas potencialidades mas está subaproveitada.
Começa a ficar pouco atractiva para residir cá todo o ano, especialmente quando se é obrigado a ir a outras paragens para aquisições pouco mais que básicas e outros serviços.
As pessoas têm de ser, nos locais próprios, mais interventivas e exigentes mas, parece-me, que a maioria está completamente "anestesiada", à semelhança do que acontece pelo país.

 
At 4/9/07 10:53, Anonymous Anónimo disse...

Honestamente e sem lirismos, parece-me que Peniche precisa antes de mais nada, de uma mudança de mentalidades. De maior abertura à mudança, de mais coragem, de menos tacanhismo e de menos inveja. E isto, infelizmente, é o mais difícil de se conseguir. Geralmente só se consegue com uma renovação geracional, pelo que temo que possa demorar 10/20 anos. E aí Peniche já vai estar longe, longe....
Uma vez conseguida essa mudança de mentalidades é óbvio que aumenta a permeabilidade a novas ideias, novos projectos, que muitas vezes implicam mudanças radicais e rupturas com o establecido há décadas.
Isto falando muito em geral, porque não sou economista e muito menos político. Trabalho em marketing, construo marcas, e sei ver as diferenças óbvias entre uma "marca Peniche" que pouco ou nada tem para oferecer além do que a Natureza lhe deu e outras que a pouco e pouco têm vindo a ganhar o seu espaço, através da diferenciação.
Abraços

 

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