Nos últimos tempos Portugal parece ter redescoberto o Mar como supra-sumo do potencial estratégico nacional, o
hypercluster futuro da economia. Prova disso são as contínuas referencias ao tema em estudos e conferências, para além da recente ênfase do Presidente da República.
Ivone Rocha, num artigo publicado no jornal "
Oje", analisa o Orçamento de Estado para 2011 à procura de pistas para a concretização deste renovado interesse.
No decisivo documento, o Mar continua sobre a plena alçada do Ministério da Defesa que se limita a dar seguimento à estratégia Nacional para o Mar publicada em 2006, com o reforço da aposta na sua valorização como fonte de riqueza e oportunidades.
Já no Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento, onde se esperaria que este novo desígnio nacional aparecesse destacado na promoção duma economia dinâmica, competitiva e geradora de emprego, não há uma única referência ao Mar. Nada!
O que é considerado como a grande e prometedora aposta do desenvolvimento português continua assim sobre a esfera de acção da entidade que se ocupa....da Defesa Nacional.
É caso para perguntar para que querem eles o Mar?
E a resposta emerge, retumbante:
-Senão, onde é que punham os submarinos?