terça-feira, junho 23, 2009

Também na sexta é "Tempo de Poesia"

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.

António Gedeão

(a propósito do Verão que é Poesia, próxima sexta, pelas 22h, na Biblioteca Municipal. Mais info: aqui.)

1 contributos:

At 24/6/09 09:52, Blogger ângela m. disse...

Pois é..todo o tempo é de poesia! E este é mais um belíssimo poema de António Gedeão, que talvez se faça ouvir na próxima 6ª Feira no "Verão que é poesia!". Esse vai ser, concerteza, mais um belo momento para apreciar esta forma de arte.

 

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