Também na sexta é "Tempo de Poesia"
Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
António Gedeão
(a propósito do Verão que é Poesia, próxima sexta, pelas 22h, na Biblioteca Municipal. Mais info: aqui.)
Pois é..todo o tempo é de poesia! E este é mais um belíssimo poema de António Gedeão, que talvez se faça ouvir na próxima 6ª Feira no "Verão que é poesia!". Esse vai ser, concerteza, mais um belo momento para apreciar esta forma de arte.